Aspectos microbiológicos e físico-químicos de morango exposto ao gás ozônio em diferentes concentrações durante o armazenamento

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Food Technol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2019

RESUMO

Resumo Objetivou-se com este trabalho avaliar aspectos microbiológicos e físico-químicos de morangos da variedade Portola, expostos ao gás ozônio em diferentes concentrações e armazenados durante seis dias sob refrigeração. Foram avaliadas concentrações do ozônio equivalentes a 0, 4, 9, 14 e 18 mg L-1, vazão de 1 L min -1, na temperatura de 25 °C, por 30 min. No que tange à qualidade microbiológica, avaliou-se a presença de Salmonella spp. e quantificaram-se coliformes totais, E. coli, bolores e leveduras, e mesófilos aeróbios. Com relação à qualidade físico-química, analisaram-se perda de massa, acidez total titulável, sólidos solúveis totais, pH, relação sólidos solúveis totais e acidez total titulável, além da coloração dos frutos. Adotou-se Delineamento Inteiramente Casualizado em Esquema Fatorial 5×4, sendo cinco tratamentos e quatro períodos de armazenamento (0, 2, 4 e 6 dias), com três repetições. Não foi detectada a presença de Salmonella spp. nos frutos submetidos ou não à ozonização. Quanto à E. coli, a contagem foi inferior ao limite de detecção. A baixa e irregular contagem de coliformes totais nos frutos não permitiu inferir sobre a capacidade do ozônio de inativar microrganismos desse grupo. O ozônio se mostrou eficiente no controle de bolores e de leveduras, e de mesófilos aeróbios em morangos, durante o armazenamento. De maneira geral, o ozônio não afetou negativamente a qualidade físico-química dos morangos. Por outro lado, verificou-se menor perda de massa nos frutos ozonizados quanto maior a concentração de exposição ao gás. Concluiu-se que o ozônio é um importante agente antimicrobiano e, nas condições adotadas no trabalho, provocou redução de microrganismos indesejáveis. Em geral, o ozônio não interferiu nas variáveis físico-químicas avaliadas.Abstract The objective of this work was to evaluate microbiological and physical-chemical quality of strawberries, Portola variety, exposed to ozone gas at different concentrations and stored for six days under refrigeration. Ozone concentrations equivalent to 0, 4, 9, 14 and 18 mg·L -1, flow rate of 1 L min-1, at 25 °C, were evaluated for 30 min. Regarding microbiological quality, the presence of Salmonella spp. was evaluated, and total coliforms, E. coli, molds and yeasts and aerobic mesophiles were quantified. Regarding the physical-chemical quality, the following parameters were evaluated: mass loss, titratable total acidity, total soluble solids, pH, total soluble solids ratio, besides the color of the fruits. Completely Randomized Design was used in Factorial Scheme 5 x 4, with five treatments and four storage periods (0, 2, 4 and 6 days), with three replications. No presence of Salmonella spp. was detected in fruits submitted or not to ozonation. For E. coli, the count was below the detection limit. The low and irregular count of total coliforms in the fruits did not allow inferring about the ozone capacity to inactivate microorganisms of this group. Ozone was effective in controlling mold and yeast and aerobic mesophiles in strawberries during storage. In general, ozone did not affect negatively the physical-chemical quality of strawberries. On the other hand, it was observed that, the higher the gas concentration, the lower was the fruits loss of mass. It was concluded that ozone is an important antimicrobial agent, and there was a reduction of undesirable microorganisms under the adopted conditions in this work. In general, ozone did not interfere with the evaluated physical-chemical variables.

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