Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni pode apresentar complicações, como o sangramento de varizes esofágicas e gástricas, que requerem tratamento cirúrgico. Apesar de a esplenectomia ser freqüentemente necessária, esses pacientes raramente desenvolvem os fenômenos sépticos, que são mais freqüentemente encontrados em pessoas asplênicas do que na população em geral. Essa particularidade dos esquistossomóticos pode ser relacionada a alguma característica particular do sistema imune nessa afecção. Com o objetivo de investigar os aspectos imunológicos de pacientes com esquistossomose, foram estudados os linfócitos T e B além das imunoglobulinas M, A, e G (IgM, IgA, e IgG) em pacientes esquistossomóticos submetidos ou não a procedimentos cirúrgicos para tratamento de complicações da hipertensão porta. Esses pacientes foram comparados com voluntários normais sem afecção sistêmica aparente. Os pacientes operados por derivação esplenorrenal distal com a preservação do baço apresentaram aumento dos linfócitos T em comparação com o grupo-controle, de pessoas normais. Os níveis de IgG e IgM foram mais elevados nos pacientes submetidos a esplenectomia total do que no grupo-controle. Esses resultados sugerem que a esquistossomose mansoni crônica pode influenciar o sistema imune, garantindo que, mesmo na ausência do baço, os pacientes estejam protegidos de fenômenos infecciosos graves.

ASSUNTO(S)

esquistossomose mansoni linfócitos esplenectomia imunoglobulinas conservação esplênica ct

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