Aspectos genéticos em estrabismo

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-03

RESUMO

Objetivo: Avaliar aspectos genéticos em estrabismo. Métodos: Foram realizados exames oftalmológicos e ortópticos prospectivamente em 110 propósitos estrábicos e 478 familiares. Foram usados 3 diferentes critérios no diagnóstico de estrabismo: diagnóstico primário (dx1) foi definido como qualquer desvio horizontal ou vertical manifesto, diagnóstico secundário (dx2) incluiu esoforias (> 7 dioptrias prismáticas) ou exoforia (< 9 dioptrias prismáticas) e diagnóstico terciário (dx3), que incluiu amplitudes de fusão anormal, relação convergência acomodativa/acomodação (CA/A) elevada, estereopsia anormal, síndrome de monofixação, e teste das 4 dioptrias prismáticas e teste de Maddox anormais. A análise dos resultados foi por meio da avaliação dos pedigrees segundo o tipo de união. Resultados: As hipóteses de herança autossômicas dominantes ou recessivas sem casos esporádicos foram rejeitadas. Baseado no dx1, 25% das famílias tiveram mais de um indivíduo afetado e houve transmissão vertical em 13%; adicionando o dx2, foi encontrado que 36% das famílias tinham mais de um membro afetado e houve transmissão vertical em 21%; e adicionando dx3, 73% das famílias tinham mais de um membro afetado e houve transmissão vertical em 51% delas. Conclusão: Existem evidências que apontam para um padrão compatível com herança autossômica dominante na maioria das famílias.

ASSUNTO(S)

estrabismo esotropia exotropia visão binocular ortóptica

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