Aspectos estruturais e similaridade florística entre fragmentos de floresta tropical seca com diferentes históricos de manejo no norte de Minas Gerais, Brasil
AUTOR(ES)
Arruda, Daniel Meira, Brandão, Diego Oliveira, Costa, Fernanda Vieira, Tolentino, Gláucia Soares, Brasil, Reinaldo Duque, D'Ângelo Neto, Santos, Nunes, Yule Roberta Ferreira
FONTE
Revista Árvore
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-02
RESUMO
A fim de gerar conhecimento útil às iniciativas de proteção e manejo de fragmentos florestais, especificamente para florestas tropicais secas, que sofrem com frequentes atividades antrópicas e com a falta de estudos específicos, este artigo objetivou descrever a estrutura e a similaridade florística de três áreas de floresta estacional decidual em diferentes históricos de manejo. O estudo foi desenvolvido em Santana da Serra, distrito de Capitão Enéas, Norte de Minas Gerais, Brasil, onde foram avaliados três fragmentos, sendo um em regeneração há 30 anos, outro submetido a fogo ocasional e um terceiro com corte seletivo em pequena escala. A amostragem foi desenvolvida através do método de pontos quadrantes, considerando todos os indivíduos fanerófitos vivos com circunferência à altura do peito (CAP) > 15 cm. Nos três fragmentos foram amostrados 512 indivíduos distribuídos em 60 espécies, 47 gêneros e 23 famílias. As famílias mais representativas foram Fabaceae (26), Anacardiaceae (4), Bignoniaceae (3) e Combretaceae (3). Entretanto, 14 famílias foram representadas por apenas uma espécie. Apenas oito espécies foram comuns aos fragmentos, destacando-se Myracrodruon urundeuva que representou 26,9% de todos os indivíduos amostrados, enquanto que um grande número de espécies foi exclusivo a cada fragmento. As grandes diferenças florísticas e estruturais existentes entre os fragmentos estão possivelmente relacionadas ao histórico e intensidade de manejo em cada área, juntamente com as variações do terreno e a presença ou ausência de afloramentos de calcários. Esses resultados denotam a importância de cada fragmento, uma vez que a perda de um deles acarretaria impactos negativos sobre a flora regional e, consequentemente, à biodiversidade associada.
ASSUNTO(S)
floresta estacional decidual fitossociologia ponto-quadrante
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