Aspectos epidemiológicos do carcinoma hepatocelular em centro de referência de Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-04

RESUMO

Contexto Estudos sobre epidemiologia do carcinoma hepatocelular e terapias utilizadas em seu tratamento são escassos no Brasil. O objetivo foi caracterizar o carcinoma hepatocelular quanto à etiologia da hepatopatia crônica subjacente e modalidades terapêuticas empregadas, em um centro de referência no Brasil. Método Todos os casos de carcinoma hepatocelular registrados no Departamento de Patologia em período de 12 anos (1998-2010) foram incluídos. Dados demográficos, etiologia da hepatopatia crônica e tipo de tratamento realizado foram coletados dos prontuários. Resultado Esta série de casos incluiu 215 pacientes, com média de idade 57,3 (± 14,1) anos, 164 (76,2%) do sexo masculino. Infecções virais C e B foram detectadas em 88 (43%) e 47 (23%), respectivamente. Abuso de etanol isoladamente ou associado a outras causas foi identificado em 64 (32%) indivíduos. Esquistossomose foi encontrada em 18 (9%) indivíduos. Transplante hepático foi o tratamento de escolha em 112 (51%) pacientes. Esse procedimento foi mais frequentemente realizado em carcinoma hepatocelular relacionado com hepatite C (70%) do que hepatite B (17%). Ressecção cirúrgica foi realizada em 40 (18%) indivíduos, alcoolização ou termo-ablação em 18 (14%) e quimioembolização em 14 (7%). Em 40 (19,4%) pacientes nenhum tratamento foi empregado e esta porcentagem permaneceu constante ao longo dos anos do estudo. Conclusões Hepatite viral C seguida de abuso de etanol e hepatite viral B foram as causas de hepatopatia crônica mais frequentemente associadas ao carcinoma hepatocelular. Os resultados mostram tendência a aumento da incidência do carcinoma hepatocelular; no entanto, a proporção de pacientes não-tratados permaneceu constante ao longo dos anos analisados.

ASSUNTO(S)

carcinoma hepatocelular, epidemiologia minas gerais, brasil

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