Aspectos epidemiolÃgicos clÃssicos e moleculares de infecÃÃes por Staphylococcus aureus suscetÃvel a meticilina (MSSA) em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital UniversitÃrio brasileiro
AUTOR(ES)
Helisangela de Almeida Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) à uma das unidades onde o problema das infecÃÃes hospitalares (IHs) à mais significativo, em funÃÃo da alta freqÃÃncia de fatores de risco intrÃnsecos e extrÃnsecos. Foram realizados dois estudos, o primeiro retrospectivo (janeiro/2001 a dezembro/2003), com o objetivo de comparar as taxas de infecÃÃes hospitalares, antes, durante e apÃs uma reforma na unidade; e o segundo prospectivo (janeiro/2004 a junho/2005), analisando a incidÃncia de infecÃÃo e prevalÃncia de colonizaÃÃo, respectivamente, por Staphylococcus aureus. O primeiro estudo evidenciou um aumento significativo de 12,8 para 18,6 na taxa de infecÃÃo hospitalar, apÃs a mudanÃa para a localizaÃÃo temporÃria; e um declÃnio ainda mais expressivo (p<0,001) na de bacteremia relacionada ao cateter apÃs a mudanÃa para a unidade nova, apesar do aumento na densidade de utilizaÃÃo de cateter vascular central (CVC) de 0,18 para 0,55 nos dois perÃodos. Essa diferenÃa ocorreu simultaneamente à substituiÃÃo da tÃcnica de inserÃÃo do CVC pela dissecaÃÃo de veia (flebotomia) pelo emprego do cateter de inserÃÃo perifÃrica (PICC). Na segunda fase da investigaÃÃo, os casos de infecÃÃes estafilocÃccicas foram detectados pelas tÃcnicas de vigilÃncia NNISS e laboratorial. A taxa de incidÃncia de infecÃÃo hospitalar detectada foi de 23/1000 pacientes/dia; dos 32 neonatos avaliados, dezessete estavam infectados e quinze colonizados. A sÃndrome infecciosa mais freqÃente foi sepse (61%), sendo a narina o sÃtio mais colonizado (66 %). O uso de antibiÃticos foi a Ãnica variÃvel significante para infecÃÃo por S. aureus. Os fatores de risco por anÃlise univariada para infecÃÃo/colonizaÃÃo por este microrganismo foram: o uso de antibiÃticos, utilizaÃÃo de cateter vascular central (CVC), uso do CVC por mais que sete dias e sua inserÃÃo por flebotomia, sendo a Ãltima variÃvel a Ãnica significativa pela anÃlise multivariada. A anÃlise molecular das 37 amostras demonstrou uma policlonalidade (doze genÃtipos), com o predomÃnio do clone B (34%), e identidade clonal foi observada em todos os casos em que foi possÃvel determinar a relaÃÃo entre amostras de colonizaÃÃo e de infecÃÃo; o gene pvl foi detectado em quatro amostras de colonizaÃÃo. A infecÃÃo por MSSA foi associada com colonizaÃÃo prÃvia pelo patÃgeno, com evidÃncia de transmissÃo horizontal entre os neonatos em funÃÃo da predominÃncia do clone B, e da ocorrÃncia de âmicro-clustersâ na unidade.
ASSUNTO(S)
staphylococcus aureus imunologia aplicada utin nosocomial infection nicu infecÃÃo hospitalar
ACESSO AO ARTIGO
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