Aspectos ecológicos da helmintofauna de pinguins de Magalhães, Spheniscus magellanicus (Aves: Spheniscidae), do Litoral Norte do Estado de São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-02

RESUMO

Com o intuito de investigar se estudos parasitológicos podem ser utilizados como ferramenta para a conservação de espécies, principalmente migratórias, este trabalho analisa a helmintofauna de Spheniscus magellanicus por meio de parâmetros ecológicos populacionais e da comunidade parasitária, relacionando-os com diversos aspectos de vida da espécie hospedeira. O estudo foi realizado com 237 espécimes de S. magellanicus procedentes das praias do litoral norte de São Paulo (23° 46' S, 45° 57' W) ao sul do Rio de Janeiro (23° 02' S, 44° 13' W). A helmintofauna desta ave incluiu: o nematoide Contracaecum pelagicum (espécie-núcleo), encontrado no estômago; o digenético Cardiocephaloides physalis e o cestoide Tetrabothrius lutzi (espécies satélites), ambos coletados na porção inicial do intestino delgado. Comparações utilizando o índice de diversidade de Shannon mostraram que a comunidade de parasitas em filhotes durante o período migratório é menos diversa do que na estação reprodutiva. Os resultados obtidos permitem inferir que estudos parasitológicos em pinguins, assim como em outros animais migratórios, podem fornecer informações importantes a respeito da espécie durante a época em que permanece pelágica, tornando-se uma ferramenta útil na aquisição de informações dificilmente obtidas por outros meios e favorecendo, dessa forma, a conservação da espécie.

ASSUNTO(S)

helmintofauna parâmetros ecológicos variação latitudinal

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