Aspectos da ecologia dos flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) em área de ocorrência de leishmaniose tegumentar, Município de Angra dos Reis, orla marítima do estado do Rio de Janeiro, Brasil
AUTOR(ES)
Aguiar, Gustavo Marins de, Azevedo, Alfredo Carlos Rodrigues de, Medeiros, Wagner Muniz de, Alves, João Ricardo Carreira, Rendeiro, Vanessa
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-04
RESUMO
Durante dois anos completos foram feitas capturas de flebotomíneos em área de leishmaniose tegumentar no município de Angra dos Reis. Utilizou-se tubo de sucção manual, para as capturas dos flebotomíneos pousados nas paredes da casa, além de armadilhas luminosas, no domicílio, peridomicílio e na mata. Foram obtidos 14.170 exemplares, de treze espécies, duas do gênero Brumptomyia França & Parrot 1921 e onze do gênero Lutzomyia França 1924. L. intermedia teve supremacia no peridomicílio e no domicílio, com pouca presença na mata, o mesmo ocorreu com L. migonei, comprovando a adaptação dessas espécies ao ambiente humano. L. fischeri aparece com característica eclética quanto ao local, mostrando-se proporcionalmente mais endófila. L. intermedia e L. migonei foram mais numerosas no peridomicílio, durante todos os meses do ano, enquanto L. fischeri, excetuando os meses de março, abril, maio e setembro, foi mais numerosa no domicílio. Pela prevalência, comprovada antropofilia e por ter sido encontrada infectada naturalmente por Leishmania(Viannia) braziliensis, L. intermedia pode ser incriminada como o principal vetor desse agente da leishmaniose tegumentar na área de estudo, sobretudo no ambiente peridomiciliar. L. fischeri, pelas características apresentadas, pode ser um coadjuvante na veiculação do parasita.
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