Aspectos da bioquímica sanguínea de pacientes transplantados renais

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

RESUMOIntrodução:Função renal normal é condição para a manutenção do equilíbrio de cálcio e fósforo. A incidência de níveis reduzidos de 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25(OH)2D, ou calcitriol) em pacientes transplantados renais é de 50%. As causas são multifatoriais, incluindo baixa disponibilidade de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D). Ainda que o transplante renal seja o tratamento de escolha, alguns pacientes mantêm alterações ósseas resultantes de vários fatores, como persistência de distúrbios minerais devido a disfunção do enxerto e ação dos imunossupressores.Objetivo:Avaliar a dinâmica de alguns parâmetros bioquímicos pós-transplante renal.Material e métodos:Treze pacientes, seguidos desde o pré-transplante até três meses pós-transplante, com dosagens de creatinina, cálcio, fósforo, paratormônio (PTH), 25(OH)D e calcitriol.Resultados:A normalização do cálcio foi observada em 10 dos 13 pacientes (77%), e apenas um não teve os níveis de fósforo reduzidos; todos tinham PTH elevado no pré-transplante, quatro dos quais (31%) mantiveram essa alteração; nove (69%) tinham níveis baixos de 25(OH)D que se mantiveram praticamente inalterados pós-transplante. Baixos níveis de calcitriol foram observados em 46% dos pacientes no pré-transplante e permaneceram em apenas um deles. Esse paciente teve nível muito baixo de 25(OH)D pré-transplante (8 ng/ml), que não se alterou após a cirurgia. Uma possível explicação para a não normalização é a reduzida disponibilidade de substrato para a 1-alfa-hidroxilase.Conclusão:Nossos dados, em concordância com a literatura, confirmam que mesmo pacientes com boa evolução após o transplante renal podem continuar com alterações bioquímicas importantes associadas à deterioração da qualidade óssea

ASSUNTO(S)

transplante renal 25-hidroxivitamina d calcitriol metabolismo ósseo

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