Aspectos biológicos e capacidade predatória de Podisus nigrispinus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae) alimentado com Alabama argillacea (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) criada em genótipos de algodoeiro

AUTOR(ES)
FONTE

Scientia Agricola

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-12

RESUMO

Plantas hospedeiras podem influenciar indiretamente as características biológicas do predador, de maneira positiva ou negativa, ressaltando assim a importância de estudos relacionando o efeito de cultivares sobre o terceiro nível trófico. Este trabalho avalia os aspectos biológicos e a capacidade predatória de adultos de Podisus nigrispinus alimentados com lagartas de Alabama argillacea criadas em genótipos de algodoeiro. Diariamente o predador foi alimentado com lagartas de quarto ínstar criadas com folhas de algodoeiro CNPA Precoce 1 (média pilosidade), CNPA 9211-31 (alto teor de gossipol), CNPA 9211-41 (teor médio de gossipol) e GL2 GL3 (sem gossipol). Essas plantas oferecidas como alimento às lagartas não influenciaram os períodos de pré-oviposição, oviposição e pós-oviposição e a capacidade de oviposição do predador. O peso médio das fêmeas foi maior (126,2 mg) quando elas foram alimentadas com lagartas de A. argillacea criadas em folhas do genótipo GL2 GL3, em comparação com aquele (96,2 mg) de fêmeas que se alimentaram de lagartas criadas em folhas do genótipo CNPA 9211-41. A longevidade de fêmeas do predador variou de 30,7 a 31,5 dias, enquanto que a dos machos apresentou intervalo de variação de 38,0 a 66,3 dias. Fêmeas de P. nigrispinus predaram, em média, de 125,2 a 184,0 lagartas, durante a fase adulta, enquanto os machos predaram no mínimo 135,7 e no máximo 205,0 lagartas. Para o controle de A. argillacea, a utilização de plantas resistentes em associação com P. nigrispinus é viável, pois genótipos resistentes não influenciam negativamente as características biológicas do predador.

ASSUNTO(S)

curuquerê-do-algodeiro predador controle biológico resistência de plantas

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