Aspectos bioecológicos de Brassolis sophorae laurentii Stichel, 1925 (Lepidoptera: Nymphalidae: Brassolinae) no estado de Alagoas. / Biological features of Brassolis sophorae laurentii Stichel, 1925 (Lepidoptera:Nymphalidae: Brassolinae), in the State of Alagoas, Brazil.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O Coqueiro, Cocos nucifera (L.) (Arecaceae), é uma das principais culturas em áreas tropicais e, por representar um dos mais significativos recursos vegetais da humanidade, chega a ser denominada árvore da vida pela diversidade de produtos dela obtidos. Nas diferentes fases de seu desenvolvimento, pode ser atacado por diversas pragas, as quais ocasionam grandes reduções na produtividade, destacando-se as larvas do gênero Brassolis (Lepidoptera: Nymphalidae: Brassolinae) de distribuição neotropical, cujas fêmeas adultas realizam posturas com elevado número de ovos nas suas folhas, onde desenvolvem sua fase larval, provocando grande desfolhamento e, às vezes, queda prematura de frutos. Devido à importância econômica desse inseto-praga, faz-se necessária a determinação da espécie que ocorre no Estado de Alagoas, de sua a biologia e, ainda, de seus inimigos naturais visando a planejamentos eficazes de aplicação de controle biológico. Para o conhecimento dos agentes de controle biológico natural, foram coletados, identificados e registrados os inimigos naturais da espécie-alvo, que ocorrem no Estado de Alagoas. Para a realização dos estudos do desenvolvimento pós-embrionário (DPE) do inseto-praga, foram realizados acompanhamentos diários e, subseqüentes avaliações biométricas utilizando-se as medidas de largura e massa das cápsulas cefálicas para a determinação do número de ínstares larvais (Regra de Dyar). Tais medidas podem contribuir para a realização da estimativa da fase de desenvolvimento de indivíduos imaturos coletados em campo. A espécie do gênero Brassolis que ocorre em Alagoas é Brassolis sophorae lautentii Stichel, 1925 (Lepidoptera: Nymphalidae: Brassolinae). O DPE dessa espécie apresentou número variável de ínstares larvais: seis (NN) (n= 200; 90,9% da amostra) e sete (EN) (n=17; 7,7%), e foi considerado longo para ambos os tipos de desenvolvimento, 87,60,2 dias e 103,10,9 dias, respectivamente. A ocorrência de ínstar extranumerário não está relacionada ao sexo, tendo ocorrido em machos e fêmeas. A viabilidade dos ovos foi alta (94,8%), assim como a sobrevivência ao longo do DPE (86,3%), o que pode ser considerada uma característica que confirma o status deste inseto como praga. A análise dos dados morfométricos indicou que a estimativa da fase de desenvolvimento larval pode ser realizada com base nos valores médios de massa e/ou largura. A razão média de crescimento da largura foi de 1,42 para NN e 1,36 para EN, e da massa foi de 3,41 para NN e 2,84 para EN. Quanto ao sexo, as larguras e massas apresentam comportamernto coletivo muito similar. Foi verificada uma tendência de saturação na razão relativa de crescimento das larguras e massas de NN e EN, com acentuada redução no crescimento das EN no último ínstar. Dentre os agentes de controle biológico que ocorrem naturalmente no Estado, ficam registradas as espécies Conura morleyi (Ashmead, 1904) (Hymenoptera: Chalcididae: Chalcidini), parasitóide de pupas; e Winthemia analis (Macquart, 1846) (Tachinidae: Exoristinae: Winthemiini), parasitóide larval-pupal.

ASSUNTO(S)

cocos nucifera l. iimigos naturais instar cocos nucifera morphometric ciclo de vida natural enemies instar agronomia morfometria life cycle

Documentos Relacionados