Ascorbil palmitate and alpha-tocopherol supplementation on the development and stress response of dourado larvae (Salminus brasiliensis) / SUPLEMENTAÃÃO DO ASCORBIL-PALMITATO E DO ALFA-TOCOFEROL NO DESENVOLVIMENTO E ESTRESSE EM LARVAS DE DOURADO (Salminus brasiliensis)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Com o objetivo de avaliar o efeito das vitaminas E e C durante o estresse e o desenvolvimento de larvas de dourado (Salminus brasiliensis), foram realizados dois experimentos, em um delineamento experimental inteiramente casualizado com parcelas subdivididas. Nas parcelas, um arranjo fatorial (2x3) foi constituÃdo por 6 raÃÃes experimentais, com a combinaÃÃo entre duas concentraÃÃes de tocoferol acetato (0 e 250 mg kg-1 de raÃÃo) e trÃs concentraÃÃes de ascorbil palmitato (0, 100 e 1.000 mg kg-1 de raÃÃo). Nas subparcelas, foram analisados dois diferentes perÃodos de coleta. O primeiro experimento foi realizado nos primeiros 17 dias de vida das larvas de dourado, que foram alimentadas com as raÃÃes experimentais, do 3o ao 17o dia, num total de 15 dias. Coletaram-se amostras em dois diferentes perÃodos: larvas com 5 e com 15 dias de alimentaÃÃo. Avaliaram-se os parÃmetros: comprimento total, peso, altura da cabeÃa e as diferentes formas de vitamina C corporal, sendo o ascorbil palmitato (AP), Ãcido ascÃrbico (AA), Ãcido dehidroascÃrbico (AD), vitamina C reduzida (VR) e vitamina C total (TT). A VR foi composta pela soma das concentraÃÃes do AP com o AA e a TT pela soma do AD com a VR. A suplementaÃÃo do ascorbil palmitato na dieta foi eficiente em aumentar as concentraÃÃes de AA e AD corporal nos primeiros 5 dias de alimentaÃÃo (P<0,05). Houve uma resposta mais sensÃvel das concentraÃÃes de AA, tendo as mÃdias observadas de AA corporal nas larvas suplementadas com 100 e 1.000 mg kg-1 de AP sido superiores Ãs observadas nas larvas suplementadas com 0 mg kg-1. TambÃm obteve-se resposta menos sensÃvel das concentraÃÃes de AD, em que apenas as mÃdias de AD corporal observadas nas larvas suplementadas com 1.000 mg kg-1 de AP foram superiores aos demais tratamentos. Para caracterizar o efeito das trÃs suplementaÃÃes de AP nas concentraÃÃes de AP corporal, foi necessÃrio um perÃodo mais prolongado de alimentaÃÃo (15 dias). Durante o desenvolvimento, o tocoferol acetato aumentou as concentraÃÃes de AD corporal nas larvas de dourado e evitou a oxidaÃÃo das VR corporal, gerando um aumento significativo (P<0,05) nas concentraÃÃes de TT. No quinto dia de alimentaÃÃo, nÃo foi observada diferenÃa significativa no comprimento total e no peso das larvas, no entanto, apÃs 15 dias de alimentaÃÃo, as larvas dos tratamentos contendo as suplementaÃÃes de 100 e 1.000 mg kg-1 de AP foram superiores (P<0,05) ao tratamento com 0 mg kg-1. A altura da cabeÃa apresentou diferenÃa significativa (P<0,05) no quinto dia de alimentaÃÃo. Foram observadas, nas larvas suplementadas com 1.000 mg kg-1 de AP, mÃdias superiores Ãs das larvas alimentadas com 100 mg kg-1. No 15Â dia de alimentaÃÃo, pÃde-se observar uma diferenÃa significativa entre todos os tratamentos, tendo a altura da cabeÃa aumentado conforme as concentraÃÃes crescentes de suplementaÃÃes do AP na raÃÃo. O segundo experimento seguiu a metodologia experimental do primeiro, no entanto, avaliou o efeito das vitaminas C e E no estresse. No 17Â dia, as larvas foram submetidas a um teste de estresse definido por duas exposiÃÃes ao ar de 3 minutos cada, intercaladas com duas submersÃes na Ãgua de, respectivamente, 5 e 30 minutos. Em dois diferentes perÃodos: antes e apÃs o teste de estresse, foram analisados o cortisol corporal e as diferentes formas de vitamina C corporal, assim como as formas avaliadas no primeiro experimento. NÃo houve diferenÃa significativa nas concentraÃÃes de VR durante o estresse, no entanto, foi observada diferenÃa significativa (P<0,05) nas concentraÃÃes de AP e AA corporais. O metabolismo das larvas de dourado disponibilizou o AP corporal em AA e AD, sendo caracterizada (P<0,05) a influÃncia do tocoferol acetato nesse processo. As larvas dos tratamentos contendo maior suplementaÃÃo de tocoferol acetato do que as suplementaÃÃes de AP converteram o AP em AA, enquanto que, nos tratamentos contendo as suplementaÃÃes maiores de AP do que a suplementaÃÃo do tocoferol acetato, o AP foi convertido em AD. O tocoferol acetato aumentou (P<0,05) a concentraÃÃo de VR corporal nas larvas nÃo suplementadas com AP. As mÃdias gerais de cortisol corporal apresentaram diferenÃa significativa (P<0,05) entre as trÃs suplementaÃÃes de AP testadas. As larvas dos tratamentos contendo maiores suplementaÃÃes de AP na raÃÃo apresentaram menores concentraÃÃes de cortisol corporal. Conclui se que a suplementaÃÃo de AP incorporou todas as formas de vitamina C no corpo inteiro das larvas de dourado, alÃm de proporcionar melhor desenvolvimento e resposta ao estresse, podendo ser utilizada como fonte de vitamina C para larvas de dourado.

ASSUNTO(S)

ascorbil-palmitato metabolismo zootecnia alfa-tocoferol salminus brasiliensis.

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