As tramas da inclusão/exclusão social mediadas pela economia solidária

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta pesquisa se propõe a analisar os limites do cooperativismo como meio de inserção social no contexto capitalista. Partindo da perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica, desenvolvida pelo NEXIN, a análise busca compreender se esta forma de produção potencializa atitudes e sentidos mediados pela solidariedade. Como geradora de emprego e renda, a cooperativa estabelece novas relações de produção que rompem com valores capitalistas, tais como, individualismo, competitividade, submissão, opressão, a desqualificação social e a cultura da culpa. Esta pesquisa analisa se esta nova relação muda valores e potencializa o sujeito para uma ação coletiva de transformação da sociedade. Da cooperativa escolhida situada em uma das maiores favelas do Brasil, no Rio de Janeiro, e formada por costureiras que há mais de duas décadas tentam combinar os ideais cooperativistas com bons resultados financeiros tendo conseguido sucesso econômico (dentro do conceito capitalista de empresa bem-sucedida) optou-se por analisar o processo de subjetivação em um dos sujeitos: uma costureira fundadora da cooperativa e que hoje participa de outra entidade na mesma comunidade. A análise dos dados obtidos por meio de entrevistas busca compreender como se dá a maneira de pensar, sentir e agir e como as relações cotidianas e o contexto social foram se singularizando na experiência pessoal. É um estudo da tensão entre a ação transformadora e a ação disciplinadora das políticas de afetividades

ASSUNTO(S)

psicologia social mulher pobre economia social cooperativa economia solidária marginalidade social dialética inclusão-exclusão

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