As misericórdias e as transferências de bens: o caso dos Monteiros, entre o Porto e a Ásia (1580-1640)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

Resumo Os testamentos de dois mercadores da mesma família, envolvidos na viagem do Japão, Antônio e Domingos Monteiro, revelam um modo de vida marcado pela mobilidade entre vários territórios do Sudeste Asiático, transacionando grande variedade de produtos. Por meio de sua rede de relações, é possível discernir a presença de parentes seus, sobretudo sobrinhos, e de outros negociantes portuenses, sugerindo que o modelo português de emigração para o Brasil já estava em ação no Oriente. Embora a transmissão de bens competisse aos provedores dos defuntos e ausentes, as misericórdias transferiam capitais de defuntos para a metrópole, em detrimento dos agentes diretos do rei, embora fosse impossível evitar a ingerência destes últimos. Apesar da vontade em fazer chegar o dinheiro à metrópole rapidamente para convertê-lo em padrões de juro, conveniências do trato, a burocracia régia e litígios sucessórios tornavam moroso o processo de transferência.

ASSUNTO(S)

transmissão de propriedade misericórdias portuguesas misericórdia do porto Ásia portuguesa

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