As mídias sociais no contexto da comunicação digital das universidades brasileiras

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/03/2012

RESUMO

O objeto da pesquisa são as mídias sociais no contexto da comunicação organizacional digital, enquanto possibilidades de comunicação e/ou informação, formais e formalizadas, presentes nas homepages dos sites e portais das universidades brasileiras filiadas ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB). Tem como objetivos: investigar a adesão, ou não, das IES às mídias sociais e discutir as práticas das universidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) nesses espaços. A inquietação decorre da percepção de que essa presença é um fenômeno crescente e que estas organizações, possivelmente, não tenham clareza quanto às possíveis implicações da inserção nesses sites. Acreditamos que as universidades aderiram às mídias sociais, muitas vezes, por modismo e pela aparente obrigatoriedade de presença, como se o fato de não estar implicasse desprestígio e falta de visibilidade. A pesquisa está ancorada no Paradigma da Complexidade (MORIN, 2001) e se constitui como exploratória (GIL, 1999), visto que é um tema com pouca produção teórica e estudos empíricos, ainda mais ao falarmos em mídias sociais no contexto das universidades. Em relação aos procedimentos metodológicos após a revisão teórica, mapeamos o status da presença nas mídias sociais das 148 universidades filiadas ao CRUB. Posteriormente, conduzimos pesquisa dentre as Instituições de Ensino Superior (IES) da RMPA, já inclusas na amostra inicial, e que possuem perfis nesses espaços. Refletimos a respeito da presença e atuação, a partir de análises nos perfis durante um mês, bem como baseados no conteúdo que resultou das entrevistas em profundidade de caráter semi-aberto (DUARTE, 2008), realizadas com os responsáveis pelo que é desenvolvido, ou não, nas mídias sociais. Percebemos que mais de 50% das IES pesquisadas aderiram, no mínimo, a uma dessas mídias. A adesão é mais expressiva dentre as IES particulares, que atingem o percentual de 67,53%. Na segunda fase da pesquisa, notamos que há boas práticas, inovadoras, mas que há ações que comprometem a atuação das universidades, visto que conceitos como diálogo parecem ser ignorados, principalmente em uma das universidades, que sequer respondeu nossas tentativas, via mídias sociais, para agendamento da entrevista. Acreditamos que é preciso, de fato, estar preparado para ouvir e dialogar, e que alguns possíveis antagonismos podem estar centrados nesse fato. Do mesmo modo, diferem-se aquelas universidades que concebem a produção de conteúdo para esses espaços sob a ótica do interesse dos públicos com os quais se (des)encontram nesses sites. As perspectivas apontam para a profissionalização desse estar, que esperamos que resulte de reflexões (e outras posturas) sobre o que efetivamente desejamos em espaços como o Facebook, Twitter, YouTube, dentre outros, buscando que sejam, realmente, lugares de comunicação e de interação.

ASSUNTO(S)

comunicaÇÃo social comunicaÇÃo organizacional universidades - comunicaÇÃo mÍdia digital redes sociais comunicaÇÃo digital comunicacao

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