As metáforas alquímicas no cinema / The alchemical metaphors in the cinema

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Dentre os teóricos que buscaram uma visão mais abrangente de ser humano em relação às manifestações culturais de todos os tempos, C. G. Jung (1875-1961), foi quem se dedicou ao estudo da alma humana através de imagens de sonhos, mitos e símbolos da cultura, por acreditar que a atuação do inconsciente se dá através de várias formas de expressão. O processo de criação segundo Jung diz respeito à tradução feita pelo artista de imagens primordiais, vindas espontaneamente do inconsciente, para a linguagem do presente. Ao criar uma obra de arte, o artista transforma sua conexão com o inconsciente em algo acessível a todos, possibilitando que cada um de nós possa também estar reconectando consigo mesmo. Desta forma é que é considerado que o cinema pode atuar como fonte de projeção e transformação interna do indivíduo. O cinema, como qualquer forma de expressão humana, oferece total condição para que elementos culturais se expressem, mesmo quando utiliza elementos arcaicos da cultura que não se alinham aos transmitidos pela tradição corrente. Este é o caso da alquimia e por este motivo ela foi escolhida como foco do trabalho. O desafio proposto foi olhar para o cinema procurando por estes elementos e o resultado foi uma forma de resgate da antiga alquimia em produções humanas atuais. Nesta dissertação analiso quatro filmes como ilustração da discussão principal: A Festa de Babette, Navigator, uma Odisséia no Tempo, Um Beijo Roubado e Stalker. Foi utilizada uma abordagem que, ao mesmo tempo em que procura identificar uma imagem dentro do imaginário tradicional, pretende ser respeitosa no que diz respeito à dimensão simbólica inatingível da obra de arte

ASSUNTO(S)

processo de criação inconsciente (psicologia) jung c. g cinema alchemy unconscious creative process cinema alquimia

Documentos Relacionados