As ideias cientificas de John Dalton e sua influencia nos trabalhos de Gay-Lussac, Avogadro e Cannizzaro

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Nesta dissertação, fizemos uma "visita" ao trabalho desenvolvido por John Dalton, com a intenção de tentar entender minimamente as circunstâncias que o estimularam à observação, ao estudo, ao pensamento filosófico, à inovação. Não há duvida de que as pessoas não possuem as mesmas qualidades. Indivíduos diferentes submetidos a condições idênticas reagirão de modos diferentes. Educação musical refmada pode até despertar o gosto pela música, mas não fará de todos os educandos instrumentistas, cantores ou compositores. Em se tratando de Ciência a situação é a mesma. Por melhor e estimulante que seja o ensino nesta área do conhecimento humano, não formaremos, necessariamente, cientistas talentosos. É imprescindível a presença dos indivíduos certos. É como se dentro de certas pessoas houvesse a "semente" da atitude científica. Quais as causas disto? Não sabemos e nem é pretensão desta modesta dissertação encontrar resposta cabal para tão profunda pergunta. Sabemos, porém, que se os estudantes não forem estimulados ao aprendizado da Ciência, provavelmente não brotará neles o desejo deste aprendizado, em prejuízo de toda a sociedade. Nesta dissertação, o que fizemos foi tentar entender o pensamento de Dalton, e como ele trabalhou, numa época em que tudo estava por fazer na Ciência (comparando com o atual estado do conhecimento), para então propor atividades de ensino que possam fazer brotar naqueles que possuem a "semente" da Ciência em seu interior, aquele impulso que leva ao desejo de descobrir. Ao analisarmos o trabalho de Dalton, dentro dos aspectos pessoal e histórico, percebemos que ele foi muito estimulado pelos interesses da época, tendo havido uma associação desse estímulo ao seu inquietante desejo de saber. Com poucos instrumentos, ele foi. capaz de realizar progressos incríveis. Os seus trabalhos em Meteorologia eram de grande interesse para a Inglaterra colonialista. As suas pesquisas com gases, com reações químicas, respondiam às questões do seu íntimo, que pode ser entendido como sendo o seu interesse "fIlosófico" pela "ordem das coisas no universo". A sua capacidade de ligar a observação macroscópica com a "visão" da intimidade da matéria foi imprescindível para a realização do seu trabalho. Além disso, parece que tinha uma péssima (ou boa?) qualidade, a teimosia (ou será persistência?). Por outro lado, por ser uma pessoa que aprendeu o gosto pela leitura, adquiriu conhecimentos que formaram uma base sólida para a sua futura construção científica. Não se pode criar conhecimento novo se não tivermos embasamento. Também ficou claro para nós que não pode surgir nova idéia se não houver rompimento de preconceitos, se não houver espírito crítico. Dalton fez tudo isso, assim como outros cientistas verdadeiros. Também, numa tentativa de tentar perceber como o trabalho de Dalton foi visto por e influenciou outros autores, foi feita uma rápida incursão pelos trabalhos de Gay-Lussac, de Avogadro e de Cannizzaro. Quanto à influência decisiva de todos os autores citados, no desenvolvimento da Química e da Ciência, não resta qualquer dúvida. É interessante, por outro lado, frisar o cuidado de Cannizzaro em passar a informação conceitual correta aos seus alunos. No final desta dissertação, de modo incipiente e sem grande pretensão, apresentamos algumas modestas sugestões de atividades experimentais, que podem servir para o estímulo dos alunos em aula.

ASSUNTO(S)

quimica - estudo e ensino quimica (segundo grau) - estudo e ensino quimica (primeiro grau) - estudo e ensino

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