As fronteiras discursivas em Um Castelo no Pampa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Este trabalho traz a análise da obra Um Castelo no Pampa, de Luiz Antonio de Assis Brasil, examinando as relações entre Literatura, História e Mito. Para tanto, direcionados pelos sinais míticos presentes na obra, investigamos, em um primeiro momento, o significado desses aspectos. Disso resultou a identificação dos mitos de origem. A seguir, empreendemos a pesquisa da História do Rio Grande do Sul, o que nos fez comprovar que a obra em análise faz a releitura crítica dos modelos consagrados pela historiografia positivista. Como as questões da História, na narrativa, sinalizam para a realização de uma escrita que tem como forma a metaficção historiográfica, nos termos de que nos fala Linda Hutcheon (Poética do Pós-Modernismo,1991), averiguamos sua íntima relação com a redação pósmoderna. Contemplamos o aspecto da historicidade pelo viés crítico, estabelecendo elos entre a Sociologia literária, a Crítica literária e a Literatura Comparada. Mostramos, enfim, como o autor imbricou fatos e personagens históricas do Rio Grande do Sul com sua narrativa ficcional para inverter as nossas expectativas e para que dialoguemos com o passado, que se apresenta fragmentado, em perspectiva com um tempo que ainda será construído, ou seja, um porvir mais real, menos fantasioso e, por isso mesmo, mais factível.

ASSUNTO(S)

brasil, luiz antonio de assis, 1945- history-literature relation literatura sul-riograndense mythology literatura comparada literatura e história polyphony mitologia dialogism polifonia na literatura intertextuality metaficção irony critica e interpretacao carnival fantastic and grotesque

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