As espirais da subjetividade reveladas na inteireza do educador para a construção do seu processo autoformativo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A proposta de analisar as espirais da subjetividade revelada na inteireza do educador para a construção do seu processo autoformativo, sustenta-se em uma perspectiva filosófica humanista, revisitada pelos olhares da psicologia transpessoal, da antropologia, da transdisciplinaridade, da complexidade, recorrendo a uma abordagem qualitativa, com ênfase para a pesquisa-ação, por meio da pesquisa cooperativa, a qual visa contribuir para repensar as concepções das pessoas que participam da pesquisa, gerando inovações educacionais. Ao analisar como as espirais da subjetividade reveladas na inteireza do educador podem construir processos autoformativos, desejo propiciar uma reflexão que favoreça um novo olhar na forma de ser e estar no mundo e assim dar um novo sentido à construção do conhecimento e suas relações com os espaços subjetivos do ser humano, repercutindo em uma prática docente que faça a diferença e dando passos para promover uma cultura para a inteireza. Para tanto, temos como objetivos: analisar os aspectos que constituem a originalidade do homem, buscando identificar a dimensão subjetiva que se constrói no seu processo formativo; compreender as limitações que envolvem a autoformação do educador na perspectiva de sua inteireza, identificando as implicações que impedem uma ação docente sustentada em uma visão transdisciplinar e autotransformadora; analisar como a subjetividade revelada pela inteireza do educador pode construir processos autoformativos que propiciem transformações na ação pedagógica e na mediação de novas formas de ser e estar no mundo; propiciar reflexão sobre as espirais da autoformação, dimensões que podem favorecer um novo olhar frente à reinvenção do educador e ao seu compromisso com uma postura ética e comprometida com a ampliação da consciência universal e estabelecer uma meta-análise das transformações ocorridas com os co-pesquisadores durante o processo da pesquisa, na perspectiva de compreender a ampliação de consciência e as dimensões que compõem a sua inteireza. Para alcançar os objetivos, proporcionaram-se as oficinas de vivências, realizadas com um grupo de professores de uma escola particular no município de Canoas - RS, para desenvolver as espirais da autoformação do educador, as quais contemplavam: a) Espirais da Produção de Sentidos: esculpir a essência do eu; b) Espirais da Subjetividade: como revelar a inteireza que me constitui; c) Espirais da Interação: abrindo as janelas para ir ao encontro do outro; d) Espirais do Movimento: mediação entre teoria e a prática; e) Espirais dos Anéis: a reinvenção do ser humano frente às relações intersubjetivas. Os fundamentos teóricos estão alicerçados nos estudos de Wilber, Frankl, Grof, Jung, Levinas e alguns referenciais da psicologia transpessoal, principalmente no que se refere aos estudos sobre a ampliação da consciência e sobre a inteireza do ser. Pensar a existência humana e a projeção de uma cultura que valorize a inteireza do ser pode auxiliar na modificação do que chamamos de contra-senso educativo, onde não se assume a sua condição de ser em processo e impossibilita o seu ser e estar no mundo. Portanto, as espirais da autoformação do educador, alicerçadas em sua subjetividade contribuem para desvelar a sua inteireza e a transformação desse cenário e potencializam as experiências de transcendência do eu e do outro, mediados pela interlocução com a própria natureza, para desenhar uma Pedagogia essencialmente voltada para a sua Felicidade.

ASSUNTO(S)

educaÇÃo educadores - formaÇÃo profissional educacao pedagogia subjetividade

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