As contradições do processo de autogestão no capitalismo: funcionalidade, resistência e emancipação pela economia solidária
AUTOR(ES)
Benini, Édi Augusto, Benini, Elcio Gustavo
FONTE
Organ. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
O propósito deste trabalho é tecer algumas reflexões, referentes à questão da autogestão, no contexto do movimento da chamada "economia solidária". Para tanto, o caminho aqui percorrido foi aquele que considera a realidade saturada de contradições e em constante transformação. Buscou-se ter como orientação epistemológica algumas categorias fundamentais, das quais se destacam: a perspectiva de totalidade, a centralidade do trabalho e a problemática da alienação. Observamos que a práxis do movimento de trabalhadores em se associarem é situada dentro da crise estrutural do capital, logo, tal movimento sugere duas perspectivas: como organizações funcionais ao sistema, logo, uma alternativa produtiva de geração de renda e de trabalho; e/ou como uma forma de resistência dos trabalhadores. Concluímos que, apesar da situação de funcionalidade, a lógica da acumulação dos empreendimentos ditos "solidários" não é um determinismo linear, mas, sim, um movimento de criar, continuamente, novos pontos de resistência, fruto das reiteradas tentativas de experimentar algum grau de autogestão no capitalismo, o que aponta para novas possibilidades históricas e políticas derivadas de uma consciência coletiva em construção.
ASSUNTO(S)
economia solidária autogestão alienação mudança social
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