As classificações das fraturas do rádio distal são reprodutíveis? Concordância intra e interobservadores

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-05

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: Para que as classificações das fraturas possam ser úteis, elas devem prover o prognóstico, apresentar concordância interobservador e reprodutibilidade intraobservador. O objetivo foi avaliar a concordância intra e interobservadores das classificações das fraturas do rádio distal. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo de validação (concordância intra e interobservadores), desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), São Paulo, Brasil. MÉTODO: Foram avaliadas 90 fraturas do rádio distal com desvio por meio de radiografias por cinco observadores (um médico residente de Ortopedia do terceiro ano, um graduando do sexto ano de medicina, um médico radiologista, um ortopedista especializado em trauma e um ortopedista especializado em cirurgia da mão) em três momentos diferentes, empregando as classificações Universal (Cooney), AO/ASIF (Osteosynthesfragen/Association for the Study of Internal Fixation), Frykman e Fernández. Aplicou-se o coeficiente de concordância kappa (κ) para avaliação das classificações. RESULTADOS: O maior κ intraobservador médio, se considerarmos os três momentos, foi da classificação Universal (κ = 0,61), seguida da Fernández (κ = 0,59), Frykman (κ = 0,55) e AO/ASIF (κ = 0,49). A concordância interobservador foi insatisfatória em todas as classificações. A classificação de Fernández mostrou a melhor concordância (κ = 0,44) e a pior foi a de Frykman (κ = 0,26). CONCLUSÃO: Os baixos níveis de concordância observados neste estudo sugerem que atualmente ainda não há um método de classificação plenamente reprodutível.

ASSUNTO(S)

fratura de colles fraturas do rádio classificação reprodutibilidade dos testes estudos de validação

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