As células polifenólicas e as suas inter-relações com as células cotiledonares em sete espécies de Theobroma (Sterculiaceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

A quantidade de células polifenólicas dos cotilédones das espécies de Theobroma variam extensivamente. Os compostos polifenólicos destas células além da função de proteção participam no desenvolvimento do aroma do chocolate. A morfologia das células polifenólicas do mesofilo é descrita e também é analisado o desenvolvimento dos idioblastos em T. cacao L., T. subincanum Mart., T. obovatum Klotzsch ex Bernoulli, T. grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum., T. microcarpum Mart., T. bicolor Bonpl. e T. speciosum Willd. ex Spreng. A quantidade de polifenóis totais determinada por espectrofotometria apresentou uma grande variação, cerca de 40 vezes entre T. cacao (variedade forastero). As células polifenólicas apresentam-se transparentes e dispersas pelo mesofilo cotiledonar. Em T. cacao e T. grandiflorum grande número de células estão alinhadas perpendicularmente à borda do mesofilo e apresentam coloração púrpura translúcida. Entretanto, em todas as espécies as células polifenólicas também associam-se ao feixe vascular. Nas espécies T. bicolor e T. speciosum, com baixo conteúdo polifenólico, estão localizadas apenas na região do feixe vascular. À microscopia eletrônica de varredura, as células polifenólicas apresentam uma complexa citoarquitetura e após a fixação em glutaraldeído, a secreção polifenólica exibe um só conteúdo ou fragmenta-se em várias gotas esféricas. À microscopia eletrônica de transmissão aparecem nas células jovens do mesofilo, plastídeos imaturos eletrondensos, semelhantes a substâncias polifenólicas sugerindo que em Theobroma os plastídeos estão envolvidos na síntese de polifenóis.

ASSUNTO(S)

células do mesofilo cotiledonar desenvolvimento de células fenólicas semente theobroma

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