ARTICLE - “WITH ADMIRABLE PRECISION THEY EXERCISE SWEDISH GYMNASTICS…”: NATION-BUILDING AND PRODUCTION OF INNOCENCE IN EARLY BRAZILIAN STATE INDIGENISM

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. rev.

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/09/2019

RESUMO

RESUMO: Uma fotografia do início do século 20 no acervo do Museo do Índio mostra crianças Paresí exercendo “ginástica sueca”. Essa ginástica era praticada nas escolas de vários postos indígenas do SPI como parte do projeto indigenista de “nacionalizar” as populações indígenas. Usando a foto como ponto de partida, este artigo explora a relação entre um projeto positivista de nação dentro do indigenismo brasileiro, e a ginástica do Ling como um projeto voltado para a população e a nação. Aplicando os conceitos de zona de contato colonial e estratégias de “anticonquista” de Mary Louise Pratt, bem como a análise do indigenismo como uma continuação da guerra de conquista com outros meios, de Antonio Carlos de Souza Lima, o artigo argumenta que a ginástica sueca ressoou particularmente bem com o indigenismo positivista. Percebida como um método de educação física não comprometido pelo militarismo chauvinista, a ginástica encaixava em um projeto colonial de nação baseado na negação da própria violência.ABSTRACT: An early 20th century photograph in the collections of Museo do índio in Rio de Janeiro shows Paresí children in Mato Grosso exercising “Swedish gymnastics”. The program for physical education codified by Swedish educator Pehr Henrik Ling was practiced in the schools of several SPI indigenous stations in the period, as part of the state indigenist project of “nationalizing” the indigenous populations. With the photo as a starting-point, this article explores the relation between a positivist nation-building project in Brazilian indigenism, and Ling gymnastics as a project directed towards the population and the nation. Applying Mary Louise Pratt’s concepts of colonial contact zone and strategies of “anti-conquest”, as well as Antonio Carlos de Souza Lima’s analysis of state indigenism as a continuation of the war of conquest with other means, I argue that Ling gymnastics resonated particularly well with positivist indigenism. Perceived of as a method of physical education not tainted by chauvinistic militarism, it could find its place in a colonial nation-building project resting on denial of its own inherent violence.

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