Área foliar, assimilação de carbono e fotoquímica da fotossíntese de duas cultivares de mangueira (Mangifera indica L.) sob diferentes intensidades de sombreamento ou temperatura.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Em relação às outras fruteiras com importância econômica, a fisiologia da mangueira é ainda pouco conhecida, existindo lacunas no conhecimento sobre como estimar a área foliar de forma não destrutiva e sem o uso de equipamentos eletrônicos, sobre o desempenho do crescimento e desenvolvimento e da fotossíntese em reduzidas intensidades luminosas e em temperaturas maiores que 17o C. O presente trabalho teve por objetivos, determinar nas cultivares de manga Tommy Atkins e Haden: a) Índices e equações que possibilitem a estimativa rápida e não destrutiva da área foliar utilizando apenas o comprimento, a largura máxima, ou ambos; b) Parâmetros fisiológicos foliares e de crescimento da parte aérea sob 0, 65 e 85% de sombreamento e, c) As respostas fotossíntéticas sob temperaturas entre 17-32o C. A área foliar (AF) pôde ser estimada multiplicando-se o produto do comprimento (C) pela largura (L) pelo fator 0,74 (para a cultivar Tommy Atkins) ou 0,78 ( para a cultivar Haden), bem como pelas equações: AF= 4,96349 C 33,429 (R2=0,86); AF= 17,02964 L 18,88065 (R2=0,85) e AF= 0,73499 (CxL) + 0,59459 (R2=0,92) para a cultivar Tommy Atkins ou AF= 5,35282C 33,17061(R2=0,88); AF= 19,09951L 24,61777(R2=0,89) e AF= 0,76015(CxL) + 0,43257(R2=0,99) para a cultivar Haden. Sob sombreamento, as cultivares apresentaram os mesmos valores de fotossíntese líquida máxima (Amax) obtidos a pleno sol, redução do ponto de compensação à luz e/ou aumento do teor de clorofila sendo adequadas, portanto, ao cultivo sob altas densidades de plantio. A faixa de temperatura ótima (maiores valores de Amax ) foi de 23-29oC para a cultivar Tommy e 23-26oC para a cultivar Haden, entretanto as cultivares apresentaram um desequilíbrio entre as fases fotoquímica e bioquímica da fotossíntese, na faixa de 17 a 32o C, sendo mais intenso na Haden. Sob concentração atmosférica regular de CO2, a fotossíntese líquida da Haden, em geral, foi menor que da Tommy, enquanto sob saturação de CO2 ocorreu o contrário, possivelmente porque a Haden utilizou sua maior capacidade de transporte de elétrons para aumentar a assimilação de carbono e, ao mesmo tempo diminuir sua susceptibilidade ao estresse oxidativo. As cultivares apresentaram adaptação às altas temperaturas mantendo constantes a respiração no escuro (RE) em Tommy e a fotorrespiração (Fr) em Haden. Em Tommy a fotorrespiração induziu a aumentos no ponto de saturação (PSL), de compensação à luz (PCL) e a reduções na eficiência quântica aparente (α). Em Haden aumentos em RE, estabilidade em PSL e as reduções em α com a temperatura não guardaram relação com Fr nem RE em função da ruptura da homeostase celular pelo excesso de elétrons.

ASSUNTO(S)

respiração manga fotossíntese fisiologia vegetal temperatura ecofisiologia fisiologia vegetal

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