Aptidão, conhecimento e prática de atividade física de idosos diabéticos tipo 2 assistidos em atendimento terciário

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Avaliar a capacidade funcional, a aptidão física, o conhecimento e a prática de atividade física (AF) de idosos com diabetes tipo 2 (DM2), comparando-os com idosos não diabéticos (NDM). Estudo de abordagem quantitativa, descritivo e transversal, conduzido em uma unidade de referência terciária para o atendimento de diabéticos, do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal do Ceará e em um centro de lazer da Prefeitura de Fortaleza. Foram selecionados respectivamente, 44 idosos diabéticos, 31 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, com idade de 68,3 5,4 anos e 44 idosos não diabéticos, 37 do sexo feminino e 7 do sexo masculino, com idade de 72,8 6,2 anos. Foram respondidas questões sobre as características gerais da população, as orientações recebidas e os conhecimentos a respeito da prática de AF e a capacidade funcional. Foram avaliadas as variáveis antropométricas e a aptidão física dos dois grupos. A hipertensão arterial foi uma das queixas mais prevalentes entre os dois grupos, seguidas pelas alterações de visão e dormência em membros inferiores e superiores nos idosos DM2 e dores osteomusculares nos idosos NDM. Mais da metade dos idosos DM2 realizava AF regular, principalmente a caminhada, mais do que 3 vezes por semana e a maioria dos idosos NDM não praticava AF regular. A grande maioria dos idosos DM2 já havia recebido recomendações verbais sobre a prática de AF, na maioria pelos médicos que apenas recomendavam a prática geralmente da caminhada, e menos da metade dos avaliados havia recebido a orientação mais específica sobre esta prática. Os idosos DM2 apresentaram melhor conhecimento do que os idosos NDM em relação à intensidade, tempo mínimo de duração de uma sessão de exercícios, tipos de exercícios e benefício para o idoso e o diabético. A maioria dos dois grupos era independente na realização das atividades da vida diária, com dificuldade, principalmente pelos idosos DM2 em subir escadas, lavar e passar roupas e fazer compras. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi significativamente maior nos idosos DM2. Observou-se que os dois grupos apresentavam condições semelhantes de aptidão física. Os idosos DM2 mostraram melhor conhecimento e prática regular de AF do que os NDM, a aptidão física foi semelhante em ambos os grupos, o atendimento no ambulatório envolvido na pesquisa, acredita e reconhece a prática de AF como meio de manutenção e promoção de saúde. Entretanto parece haver a necessidade da melhoria nas informações e abrangência de atuações no ambiente de atendimento à saúde, ainda muito centrado na atuação do médico isoladamente. A inclusão do profissional de Educação Física seria uma alternativa, visto que este pode orientar, planejar e executar ações que contribuam para a mudança de estilos de vida, incrementando o auto cuidado nos pacientes do ambulatório.

ASSUNTO(S)

saude coletiva idosos - assistÊncia hospitalar - dissertaÇÕes diabetes mellitus - autocuidado - dissertaÇÕes idosos - aptidÃo fÍsica - dissertaÇÕes

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