Aptidão cardiorrespiratória, indicadores sociodemográficos e estado nutricional em adolescentes
AUTOR(ES)
Minatto, Giseli, Silva, Diego Augusto Santos, Pelegrini, Andreia, Fidelix, Yara Lucy, Silva, Adelson Fernandes da, Petroski, Edio Luiz
FONTE
Rev Bras Med Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-02
RESUMO
INTRODUÇÃO: níveis inadequados de aptidão cardiorrespiratória na adolescência estão inversamente associados a fatores de risco cardiovasculares e metabólicos.OBJETIVO: verificar a associação da aptidão cardiorrespiratória com indicadores sociodemográficos e o estado nutricional em adolescentes.MÉTODOS: estudo transversal realizado em 627 adolescentes (361 moças), com idades de 14 a 17 anos, de ambos os sexos em uma cidade de médio/baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Foram coletadas as variáveis antropométricas (massa corporal - MC e estatura - EST) para a obtenção do índice de massa corporal (IMC=MCkg/ESTm2) e as informações sociodemográficas (idade, nível econômico e área de domicílio). Para análise da aptidão cardiorrespiratória baixa (teste correr/caminhar 1.600 metros), considerou-se o tempo de realização do teste igual ou superior a 7:45 minutos (min) e 7:30 min para os rapazes de 14 e de 15 a 17 anos, respectivamente, e o tempo de 10:30 min para as moças.RESULTADOS: a aptidão cardiorrespiratória baixa foi verificada em 35,3% dos rapazes e 35,5% das moças. Os rapazes pertencentes aos estratos econômicos menos favorecidos (Classe C: RP=0,54; IC95%=0,31-0,93; Classe: D+E: RP=0,46; IC95%=0,22-0,98) estiveram menos expostos a baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória. Por outro lado, os rapazes que nasceram com baixo peso (RP=1,49; IC95%=1,04-2,13) e os rapazes e as moças residentes na área urbana (rapazes: RP=1,79; IC95%=1,28-2,50; moças: RP=1,32; IC95%=0,99-1,75) apresentaram maiores probabilidades de terem baixa aptidão cardiorrespiratória.CONCLUSÃO: os indicadores que apresentaram associação com a aptidão cardiorrespiratória baixa para os rapazes foram área de domicílio urbana e nível econômico intermediário e baixo. Para as moças, o resultado associou-se somente com a área de domicílio. Sugerem-se intervenções para a promoção da saúde voltadas principalmente para os adolescentes residentes na área urbana e pertencentes aos estratos econômicos mais abastados.
ASSUNTO(S)
antropometria aptidão física classe social estudantes
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