Aptidão cardiorrespiratória e associações com fatores de risco cardiovascular em adolescentes
AUTOR(ES)
Rodrigues, Anabel N., Perez, Anselmo José, Carletti, Luciana, Bissoli, Nazaré S., Abreu, Gláucia R.
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-10
RESUMO
OBJETIVO: O consumo máximo de oxigênio tem sido sugerido como medida preferível em relação a questionários de atividade física para expressar a aptidão cardiorrespiratória, por sua maior objetividade e menor possibilidade de erros. Estudos indicam que essa medida se correlaciona melhor com as doenças cardiovasculares. Este trabalho propõe-se a associar fatores de risco cardiovasculares em adolescentes ao nível de aptidão cardiorrespiratória. MÉTODOS: Foram selecionados 380 escolares, 177 meninos e 203 meninas (10 a 14 anos), que foram divididos em dois grupos de acordo com a aptidão cardiorrespiratória. Realizou-se avaliação antropométrica, medidas hemodinâmicas (pressão arterial e freqüência cardíaca), teste cardiopulmonar e perfil bioquímico (triglicerídeos, colesterol total e frações). RESULTADOS: Nos meninos, observou-se diferença significativa entre grupo "fraco" e "não fraco" para as médias de freqüência cardíaca basal, consumo máximo de oxigênio, índice de massa corporal e triglicerídeos. Nas meninas, as diferenças significativas foram nas médias de freqüência cardíaca basal, consumo máximo de oxigênio e índice de massa corporal. Em ambos os sexos, o grupo classificado como "fraco" apresentou maior número significativo de indivíduos com excesso de peso em relação ao grupo "não fraco" (x² = 25,242; p = 0,000; x² = 12,683; p = 0,000, para meninos e meninas, respectivamente). Associação significativa entre aptidão cardiorrespiratória e triglicerídeos (x² = 3,944; p = 0,047) observou-se apenas para o sexo masculino. CONCLUSÕES: A aptidão cardiorrespiratória mais baixa parece ter influência negativa sobre os fatores de risco cardiovasculares em adolescentes, especialmente em relação ao excesso de peso em ambos os gêneros e ao perfil bioquímico no sexo masculino, evidenciando para a necessidade de intervenções preventivas precoces.
ASSUNTO(S)
consumo de oxigênio adolescente aptidão física fatores de risco
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