Aptidão cardiorrespiratória de adolescentes de Florianópolis, SC

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Medicina do Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Níveis adequados de aptidão cardiorrespiratória durante a adolescência estão diretamente relacionados a um estilo de vida saudável na fase adulta. Este estudo objetivou identificar o comportamento da aptidão cardiorrespiratória durante a adolescência e descrever a prevalência de adolescentes que atenderam e não atenderam o critério recomendado para a saúde por sexo, idade e nível socioeconômico (NSE). A amostra foi composta de 963 adolescentes (513 moças e 450 rapazes), com idades de 10 a 15 anos. Na coleta de dados, foi aplicado um questionário para obtenção do NSE (A + B, C, D + E). Para análise da aptidão cardiorrespiratória, foi realizado o teste PACER (Progressive Aerobic Cardiovascular Endurance Run). Consideraram-se como parâmetros de desempenho cardiorrespiratório o número de voltas realizadas e o consumo máximo de oxigênio - VO2max (ml/kg/min). Na análise estatística, foram utilizadas médias e desvios padrões, análise de variância two-way com teste post-hoc de Tukey, e teste qui-quadrado (p < 0,05). Enquanto o número de voltas aumentou dos 10 aos 15 anos, o VO2max diminuiu, não havendo diferenças entre os sexos. Os escolares dos NSE menos favorecidos (D + E) obtiveram menor aptidão do que os demais. Identificou-se que 68% dos rapazes e 37,8% das moças não atingiram o mínimo proposto para a saúde. Verificou-se uma maior proporção de adolescentes dos NSE D + E que não atendeu o critério recomendado. Estes achados demonstram que, aproximadamente, dois terços dos rapazes e um terço das moças apresentaram baixa aptidão cardiorrespiratória. Os adolescentes de NSE menos favorecidos foram os que apresentaram menores níveis de aptidão cardiorrespiratória.

ASSUNTO(S)

aptidão física adolescente padrões de referência sexo fatores socioeconômicos

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