Aprendizagem por conflito socio-cognitivo e abertura de possiveis

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

O trabalho corresponde a uma pesquisa histórica sobre a configuração da disciplina História nos currículos para o ensino fundamental durante o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Tendo como referência teórica a história das disciplinas escolares e os estudos sobre currículo prescrito no campo das políticas educacionais, procura resgatar os conflitos que envolveram diferentes sujeitos — historiadores e conselheiros federais de educação — na formatação dos saberes históricos escolares, nas relações destes saberes com os campos historiográficos e educacionais e na tentativa de legitimar tais saberes utilizando-se de suas respectivas organizações políticas e científicas, a Associação Nacional de História (ANPUH) e o Conselho Federal de Educação (CFE). Nesse processo, a configuração do saber escolar de História deslocou-se do campo das pesquisas históricas universitárias para o das normas pedagógicas e das teorias educacionais. Compartilhando a visão de que o currículo prescrito possui a função de orientar o professor no exercício das atividades docentes, historiadores e conselheiros de educação elaboraram propostas de ensino visando, com elas, redefinir o espaço de atuação dos professores e acarretando, em conseqüência, a desqualificação do professor como mero executor de práticas de ensino.

ASSUNTO(S)

cognição aprendizagem formação de possiveis conflito (psicologia) contrutivismo (educação)

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