APOIO MATRICIAL COMO ESTRATÉGIA DE ORDENAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL
AUTOR(ES)
Lima, Marlene Costa
FONTE
Trab. educ. saúde
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/11/2019
RESUMO
Resumo O estudo do tipo qualitativo e transversal, com o objetivo de analisar a perspectiva dos profissionais dos centros de atenção psicossocial acerca do apoio matricial como estratégia de cuidado psicossocial em saúde mental. Foram utilizadas dez entrevistas semiestruturadas com profissionais de serviços de saúde mental do município de Imperatriz, Maranhão. Depreendeu-se que esses profissionais compreendem o apoio matricial como ferramenta indispensável para a organização do cuidado psicossocial, mas este ainda é utilizado de modo incipiente no seu cotidiano de trabalho ante os desafios relativos à: coexistência do modelo psicossocial com o biomédico; falta de condições de trabalho; falta de educação continuada e permanente da rede de atenção; burocratização e verticalização das ações da gestão; e motivação para o trabalho entre as equipes. Algumas vivências exitosas de apoio matricial para esses trabalhadores resultaram da cogestão dos processos de trabalho entre profissionais e usuários. Recomenda-se que haja um claro direcionamento do trabalho por parte da gestão, com a definição de uma equipe de matriciadores e um planejamento para sua realização, construindo processos de trabalho que favoreçam tal prática.Abstract The present qualitative and cross-sectional study has the aim of analyzing the perspective of the professionals of the psychosocial care centers regarding the matrix support as a psychosocial care strategy in mental health. We used ten semi-structured interviews with mental health service professionals from the municipality of Imperatriz, in the state of Maranhão, Brazil. We concluded that these professionals understand matrix support as an indispensable tool to organize psychosocial care, but it is still used incipiently in their everyday practice regarding the following challenges: coexistence of the psychosocial and biomedical models; lack of work conditions; lack of permanent and ongoing education in the care network; bureaucratization and verticalization of the management actions; and motivation to work on the part of the teams. Some successful experiences regarding matrix support for these workers resulted from the co-management of work processes between professional and users. We recommend that there be a clear direction of the work on the part of the management, with a definition of a team of matrix workers and a planning for its development, creating work processes that favor such a practice.
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