Aplicação da reação em cadeia pela polimerase para detecção de riquetsias em carrapatos (Acari: Ixodidae) coletados no municipio de Campinas, SP

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Hoje em dia são reconhecidas muitas espécies de riquétsias pertencentes ao Grupo da Febre Maculosa (GFM) e ao Grupo do Tifo (GT), mas os métodos atualmente disponíveis para a identificação de suas espécies têm limitações técnicas. Para detecção preliminar de riquétsias, a prova da hemolinfa é o método mais amplamente usado. A Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) tem sido usada para detectar a presença de riquétsias diretamente de amostras teciduais ou sangüíneas de indivíduos e de artrópodes infectados. No presente trabalho foi utilizada a análise pela PCR para detectar infecção riquétsial do GFM em carrapatos coletados em dois parques urbanos do Município de Campinas, SP e comparada com a prova da hemolinfa. Foram coletados adultos deAmblyomma cooperi em capivaras Hydrochaeris hydrochaeris no Lago do Café, analisados para possível infecção riquetsial pela prova da hemolinfa e posteriormente submetidos à análise pela PCR No Parque Hermógenes Leitão Filho e no Lago do Café foram coletadas, sobre vegetação, ninfas do gênero Amblyomma e adultos de A. cajennenese e A. cooperi, analisados pela PCR com quatro pares de iniciadores. Os resultados indicam a superioridade da PCR sob a prova da hemolinfa para detectar carrapatos infectados com riquétsias com maior sensibilidade, especificidade e facil execução, enquanto que a prova da hemolinfa produz falsos positivos e falsos negativos. Nenhuma amostra foi positiva para o GFM, o que poderia indicar problemas nos iniciadores utilizados e portanto a ocorrência de carrapatos infectados com riquétsias do GFM com PCR negativa para a região de 190 kDa. É necessário desenhar iniciadores a partir de carrapatos brasileiros naturalmente infectados e seqüenciar as amostras positivas, para um melhor entendimento da epidemiologia da Febre Maculosa no Município de Campinas. Palavras-chave: Amblyomma, Rickettsia, Febre Maculosa, PCR,Campinas

ASSUNTO(S)

prasitologia carrapato febre

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