Aplicabilidade do uso rotineiro da automedida da pressão arterial para o controle das cifras tensionais e para a adesão ao tratamento do paciente hipertenso. / Applicability of the routine use of pressure automedida pressure to control their blood pressure and the adherence to treatment of hypertensive patients.
AUTOR(ES)
Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/06/2011
RESUMO
A medida casual da pressão arterial (PA) está sujeita a uma grande variabilidade, sendo interessante buscar novos métodos que tanto possam contribuir para a adesão ao tratamento da hipertensão quanto superar a limitação desta variabilidade. Foi avaliado se a inserção da automedida da pressão (AMPA) na rotina de tratamento do hipertenso favorece a adesão, o controle da PA e o perfil metabólico em pacientes acompanhados na Liga de Hipertensão Arterial. Participaram do estudo 57 pacientes, sendo 38 no Grupo Estudo (GE) e 19 no Grupo Controle (GC), seguidos por 12 meses. Foram avaliados na randomização (V1), no sexto mês (V2) e décimo segundo mês (V3). Comparadas as médias da PA pela medida casual, pela automedida da pressão arterial (AMPA) e pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), exames laboratoriais e as respostas ao questionário sobre o estilo de vida. Os aparelhos utilizados foram: OMRON HEM 714 para a AMPA, OMRON 705 CP para a medida casual e Monitor SPACELABS 9002 para a MAPA. A idade média em anos foi 62,0510,78 e 55,4211,87 no GE e GC (p=0,03), respectivamente. Os valores da Pressão Arterial Sistólica (PAS) pela medida casual no GE e GC foram de 140,0116,73mmHg e 141,7923,21mmHg em V1 (p=0,72), 135,4912,73mmHg e 145,6919,31mmHg em V2 (p=0,02), 131,6419,28mmHg e 134,8823,21mmHg em V3 (p=0,59). Os valores da Pressão Arterial Diastólica (PAD) foram 84,1310,71mmHg e 86,2910,35mmHg em V1 (p=0,47), 81,6910,88mmHg e 89,6111,58mmHg em V2 (p=0,02), 80,3111,83mmHg e xvi 8613,38mmHg em V3 (p=0,12). Os pacientes do GE apresentaram adesão ao tratamento não farmacológico semelhante ao GC, mas tiveram maior adesão ao tratamento medicamentoso e utilizaram menor número de drogas antihipertensivas. Não houve diferença entre os grupos na comparação do perfil metabólico e função renal (glicemia, perfil lipídico e creatinina). Adicionalmente, para comparar e correlacionar os níveis de PA obtidos através da AMPA com a medida casual e com a MAPA foram avaliados 32 hipertensos que realizaram as três metodologias de medida da PA com intervalo menor que 30 dias. Os valores médios de PAS e PAD pela AMPA foram de 13415,71mmHg e 79,3212,38mmHg. Na medida casual as médias da PAS e PAD foram, respectivamente, 140,8416,15mmHg e 859,68mmHg. Os valores médios da MAPA na vigília foram 130,4713,26mmHg e 79,849,82mmHg para PAS e PAD. Na análise comparativa a AMPA apresentou valores semelhantes aos da MAPA (p=0,06 para a PAS e p=0,72 para a PAD) e diferentes da medida casual (p=0,03 para a PAS e p= 0,00 para a PAD). Na análise de correlação com a MAPA, a AMPA foi superior à medida casual. Concluímos que a AMPA é capaz de melhorar a adesão ao tratamento farmacológico e o controle da PA avaliado pela medida casual nos primeiros seis meses de seguimento e apresenta melhor comparação e correlação com a MAPA do que a medida casual. Representa, portanto, uma alternativa para a monitorização da PA do hipertenso.
ASSUNTO(S)
hipertensão arterial automedia adesão ciencias da saude hypertension automedia accession
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