AplicaÃÃo de tÃcnicas fÃsicas na paleontologia - um estudo de fÃsseis da formaÃÃo IPUBI - Bacia Sedimentar do Araripe. / AplicaÃÃo de tÃcnicas fÃsicas na paleontologia - um estudo de fÃsseis da formaÃÃo IPUBI - Bacia Sedimentar do Araripe.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/12/2011

RESUMO

No presente trabalho sÃo utilizadas diversas tÃcnicas fÃsicas para caracterizar quatro diferentes fÃsseis da FormaÃÃo Ipubi â Bacia do Araripe. As tÃcnicas aqui empregadas sÃo: espectroscopia Raman, espectroscopia por energia dispersiva de raios â X (EDS), difraÃÃo de raios â X, fluorescÃncia de raios â X, espectroscopia no infravermelho e anÃlisse termogravimÃtricas (TG). A intenÃÃo nÃo à resolver nenhum novo problema relacionado à fÃsica, mas sim fazer uso dessas tÃcnicas para caracterizar fÃsseis. AtravÃs de dados obtidos dessa caracterizaÃÃo tentou-se entender como se deram os diversos processos de fossilizaÃÃo ocorridos em alguns fÃsseis do perÃodo CretÃceo, com idades da ordem de 100 milhÃes de anos. TambÃm, espera-se contribuir, com esses resultados, para a compreensÃo de como era o paleoambiente quando os espÃcimes fossilizados ainda tinham vida. Inicialmente caracterizou-se o osso de um dinossauro terÃpoda encontrado na FormaÃÃo Ipubi utilizando tÃcnicas espectroscÃpicas de EDS, fluorescÃncia de raios â X, espectroscopia no infravermelho, alÃm de difraÃÃo de raios â X; com isso, foi possÃvel observar-se a predominÃncia de hidroxiapatita no fÃssil e de carbonato de cÃlcio na rocha matriz. Complementarmente, submeteram-se as amostras do fÃssil e da rocha matriz à anÃlise de medidas tÃrmicas. Num segundo estudo investigou-se uma planta fÃssil, a Brachyphyllum castilhoi, tambÃm encontrada na FormaÃÃo Ipubi, pelas tÃcnicas espectroscÃpicas de EDS, infravermelho, fluorescÃncia de raios â X, espectroscopia Raman e difraÃÃo de raios â X. Percebeu-se que o conteÃdo original da planta foi quase completamente substituÃdo por pirita, o que mostra a importÃncia dessa substÃncia para a preservaÃÃo do fÃssil. AlÃm disso, a partir desse achado, foi possÃvel sugerir os valores da temperatura e do pH do paleolago existente no perÃodo CretÃceo em parte da Bacia Sedimentar do Araripe. Essa foi a primeira evidÃncia encontrada de que a pirita està relacionada a um processo de fossilizaÃÃo na FormaÃÃo Ipubi. Finalmente, submeteram-se os fÃsseis de dois peixes extintos, Vinctifer comptoni e Cladocyclus gardneri, Ãs tÃcnicas de difraÃÃo de raios â X e espectroscopia infravermelho. Observou-se que as fases dominantes no caso do Cladocyclus gardneri sÃo a hidroxiapatita e a calcita, alÃm de existirem alguns traÃos de pirita. Na matriz observou-se que as fases dominantes sÃo a calcita, a pirita e o quartzo. Jà para o fÃssil do Vinctifer comptoni observou-se que a fase dominante à a hidroxiapatita, enquanto que na matriz a fase dominante à a gipsita, embora existam traÃos de outras fases em menores quantidades. Assim, concluiu-se deste estudo que no mÃnimo dois diferentes processos de fossilizaÃÃo foram responsÃveis pela produÃÃo de fÃsseis da FormaÃÃo Ipubi: (i) calcificaÃÃo, envolvendo tanto a gipsita quanto a calcita; (ii) piritizaÃÃo, via um complexo processo quÃmico.

ASSUNTO(S)

espectroscopia espectroscopia paleontologia anÃlises tÃrmica espectroscopia paleontologia anÃlises tÃrmica

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