Antirracismo e os usos da ciência no pós-2a. Guerra Mundial: uma análise das primeiras declarações sobre raça da Unesco (1950 e 1951)
AUTOR(ES)
Maio, Marcos Chor, Santos, Ricardo Ventura
FONTE
Vibrant, Virtual Braz. Anthr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
Resumo Como parte de sua agenda antirracista e sob o impacto da Segunda Guerra Mundial, a UNESCO buscou negar o valor científico do conceito de raça a partir de reuniões e declarações envolvendo cientistas sociais e naturais. Consideramos que, ao contrário da expectativa da UNESCO, o genocídio nazista não levou os cientistas a um consenso sobre um conhecimento científico que questionasse radicalmente o conceito de raça. Um leque de posições foi observado nas discussões do painel de especialistas (1949) produzindo a primeira Declaração sobre Raça (1950). Nosso argumento é que a UNESCO foi influenciada por uma perspectiva centrada no pressuposto de que a acumulação de dados científicos seria o melhor caminho para sustentar uma agenda política que procurasse negar o conceito de raça bem como combater o racismo. Reações à Primeira Declaração surgiram de imediato levando a UNESCO a convocar uma nova reunião para debater o conceito de raça em 1951.
ASSUNTO(S)
raça racismo unesco antropologia história da ciência declaração sobre raça
Documentos Relacionados
- 6 - Cientificismo e Antirracismo no Pós-2ª Guerra Mundial: uma análise das primeiras Declarações sobre Raça da Unesco
- INFLAÇÃO E POLÍTICAS DE ESTABILIZAÇÃO NO JAPÃO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1945-1951)
- A trajetória da economia mundial: da recuperação do pós-guerra aos desafios contemporâneos
- Diplomacia e ciência no contexto da Segunda Guerra Mundial: a viagem de Arthur Compton ao Brasil em 1941
- A imigração polonesa para São Paulo no pós-Segunda Guerra Mundial no quadro das entradas dos "deslocados de guerra": 1947 a 1951