ANTIBODIES VIRAL VACCINES IN CHILDREN ACUTE LYMPHOBLASTIC LEUKEMIA AFTER CHEMOTHERAPY / ANTICORPOS VACINAIS VIRAIS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA APÓS QUIMIOTERAPIA
AUTOR(ES)
Simone Santana Viana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O papel da vacinação em crianças que receberam quimioterapia (QT) para neoplasias malignas, inclusive leucemia linfóide aguda (LLA), continua controverso. Tanto a doença quanto o tratamento afetam o sistema imune. As alterações podem ocorrer pela neutropenia, que leva ao risco imediato de infecções bacterianas e fúngicas, pela perda dos níveis protetores de anticorpos adquiridos por imunizações prévias, como também pela eficácia duvidosa das reimunizações. Por isso, diferentes abordagens são aplicadas em vários países e o melhor esquema de vacinação não está bem definido. Além disso, as recomendações existentes, construídas principalmente com baixos níveis de evidência, nem sempre são seguidas pelos oncologistas na prática clínica e as referências de literatura quanto ao tema são poucas. A escassez de dados de ensaios controlados, tanto para a imunidade residual contra antígenos vacinais no final do tratamento de crianças com LLA, como para a capacidade desses pacientes responderem aos reforços vacinais, não permitiu até o momento o desenvolvimento de diretrizes, sendo, então, necessárias novas avaliações. Foi realizado um estudo do tipo ensaio clínico controlado aberto, para avaliar as taxas de proteção contra antígenos vacinais virais em crianças tratadas para LLA após término da QT, e da aplicação de uma dose de reforço vacinal. O estado imunológico contra hepatite B, sarampo, rubéola e caxumba foi avaliado em 33 pacientes e comparado com um grupo controle. Para análise estatística foram utilizados o teste do qui-quadrado e exato de Fisher para variáveis categóricas e teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas. Observouse uma elevada proporção de indivíduos não imunes ao sarampo (75,9%) à rubéola (51,7%) e à hepatite B (59,3%) ao final da QT para LLA. Após a administração de uma dose vacinal de reforço, ocorreu a recuperação para todos os antígenos testados sendo estatisticamente significante para sarampo (p = 0,0422) e hepatite B (p = 0,0357). Recomenda-se, portanto, uma dose das vacinas tríplice viral e hepatite B após recuperação hematológica e posterior avaliação dos títulos de anticorpos vacinais para intervenções individualizadas.
ASSUNTO(S)
medicina acute lymphoblastic leukemia immunization imunização leucemia linfóide aguda chemotherapy quimioterapia
ACESSO AO ARTIGO
http://www.ufs.br/bicen//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=301Documentos Relacionados
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