Anomalias cardiovasculares e renais na síndrome de Turner
AUTOR(ES)
Carvalho, Annelise Barreto, Guerra Júnior, Gil, Baptista, Maria Tereza Matias, Faria, Antonia Paula Marques de, Marini, Sofia Helena Valente de Lemos, Guerra, Andréa Trevas Maciel
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
OBJETIVO: Analisar a frequência e os tipos de anomalias cardiovasculares (CV) e de anomalias renais ou de sistema coletor (R/SC) em uma amostra de pacientes com síndrome de Turner (ST) e verificar a proporção dessas anomalias que só foram detectadas após o estabelecimento do diagnóstico. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 130 pacientes com ST diagnosticadas em serviço ambulatorial entre 1989 e 2006. A média de idade ao diagnóstico foi 11,9 anos. Foram coletados dados sobre antecedentes pessoais de anomalias CV e R/SC e resultados de ecocardiograma e ultrassonografia de rins e vias urinárias realizados após o diagnóstico. RESULTADOS: 25,6% das pacientes submetidas ao ecocardiograma apresentavam anomalias CV. Dentre elas, as mais frequentes foram a insuficiência mitral (21,4%), a valva aórtica bicúspide (19%) e a coarctação da aorta (19%). Anomalias R/SC foram observadas em 29,3% das pacientes submetidas à ultrassonografia. Dentre elas, a duplicação do sistema coletor (25%), a hidronefrose (25%) e o rim em ferradura (21,2%) foram as alterações mais frequentes. Em cerca de 80% dos casos não havia conhecimento prévio dessas anomalias. CONCLUSÃO: A frequência de anomalias CV e anomalias R/SC verificada em nosso estudo foi semelhante à de outros trabalhos, mas a maioria só foi detectada em exames rotineiros após o diagnóstico de ST. A detecção precoce das anomalias associadas depende, portanto, do diagnóstico precoce dessa síndrome.
ASSUNTO(S)
anormalidades congênitas cardiopatias congênitas nefropatias síndrome de turner