Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
AUTOR(ES)
Stabenow, Elaine, Tavares, Marcos Roberto, Ab'Saber, Alexandre Muxfeldt, Parra-Cuentas, Edwin Roger, Matos, Leandro Luongo de, Eher, Esmeralda Miristene, Capelozzi, Vera Luiza, Ferraz, Alberto Rosseti
FONTE
Clinics
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-06
RESUMO
O desenvolvimento dos tumores depende da formação de neovasos, a angiogênese. Em algumas neoplasias, a alta densidade de microvasos tumorais correlaciona-se com a presença de metástase. OBJETIVO: Determinar se a medida da angiogênese pode indicar o potencial de metástase e o prognóstico do carcinoma papilífero tireóideo. MÉTODO: Foi feita análise retrospectiva de 30 tireoidectomizados, divididos em dois grupos de 15 indivíduos cada, respectivamente com e sem metástase. A partir dos blocos de parafina, foi calculada a densidade de microvasos no tecido tumoral por meio da quantificação da expressão do anticorpo CD34 pela imunohistoquímica. A associação da densidade de microvasos com a presença de metástase, ocorrência de recidiva e os grupos de risco do índice prognóstico AMES foi determinada por análise estatística. RESULTADOS: A mediana da densidade de microvasos no grupo de doentes sem metástase (200,0 microvasos/mm²) foi inferior àquela dos portadores de metástase (254,4 microvasos/mm²) (p = .2), sem atingir significância estatística. Ao considerar apenas os subtipos histológicos clássico e de células altas, essa diferença tornou-se significante (p = .02), uma vez que a variante folicular exibiu maior DMV que os demais subtipos, independente da presença de metástase. Houve tendência não significativa à maior densidade de microvasos entre aqueles que apresentaram recidiva (294,4 microvasos/mm² contra 249,6 microvasos/mm², p = .11). Nos grupos de baixo e alto risco, a mediana da densidade de microvasos foi de 304,0 microvasos/mm² e 229,6 microvasos/mm² respectivamente (p = .27). CONCLUSÃO: A angiogênese foi mais intensa nos tumores com metástase nos subtipos clássico e de células altas, sugerindo que a contagem de microvasos pode ser um indicador do potencial de metástase nestes subtipos histológicos do carcinoma papilífero tireóideo. Doentes que evoluíram com recidiva tenderam a exibir maior angiogênese, porém não houve associação da densidade de microvasos e o índice prognóstico.
ASSUNTO(S)
carcinoma papilífero tireóideo metástase linfonodal angiogênese cd34 prognóstico
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