Aneurisma de artéria cerebral em criança com síndrome da imunodeficiência adquirida: relato de caso
AUTOR(ES)
Carvalho Neto, Arnolfo de, Bruck, Isac, Coelho, Luiz Otávio de Mattos, Cruz, Cristina Rodrigues da, Liu, Cristian Bark, Gomes, André Francisco, Ogata, Sílvio Atsushi, Tahan, Tony Tannous
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-06
RESUMO
A dilatação aneurismática dos vasos do polígono de Willis é manifestação incomum da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), tendo sido relatados, até o momento, 15 casos na literatura. O presente estudo tem por objetivo relatar um novo caso dessa apresentação rara, além de revisar aspectos importantes relacionados à mesma. Um paciente, do sexo masculino, 6 anos de idade, com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) de transmissão perinatal e tetraparesia, desenvolveu sintomas caracterizados por episódios de crises distônicas. A tomografia computadorizada de crânio, que inicialmente era normal, mostrou dilatação aneurismática dos vasos do polígono de Willis. A revisão de literatura demonstra que os principais achados patológicos em casos similares, são, principalmente, fibrose de camada média com destruição da lâmina interna e hiperplasia da íntima. A etiologia da vasculite não é conhecida, acreditando-se que o vírus da varicela-zoster e o próprio HIV possam estar relacionados à mesma. Conclui-se que, apesar de incomum, tal complicação apresenta grande importância pelo fato dos aneurismas colocarem esses pacientes em grupo de alto risco para acidentes vasculares. A sobrevida relatada na literatura é de menos de 6 meses após o diagnóstico da arteriopatia aneurismática cerebral.
ASSUNTO(S)
perinatal arteriopatia aneurismática polígono de willis
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