Anemia ferropriva em escolares de Campinas, São Paulo: prevalência, sensibilidade e especificidade de testes laboratoriais

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-08

RESUMO

OBJETIVOS: determinar a prevalência de anemia ferropriva em escolares e identificar a sensibilidade e a especificidade dos testes laboratoriais, especificamente hemoglobina e hematócrito, no diagnóstico desta deficiência, considerando a ferritina sérica como padrão. MÉTODOS: o estudo abrangeu 365 alunos no município de Campinas, São Paulo, entre 7 e 14 anos de idade. Foram considerados anêmicos os escolares com valores de hemoglobina abaixo de 11,5 g/dl na faixa etária de 5 £ 8 anos, 11,9g/dl na faixa etária de 8 £ 12 anos; e 12,5g/dl na faixa etária de 12 £ 15 anos para o sexo masculino e 11,8g/dl para o feminino. Quanto ao hematócrito, os cortes foram em 34,5%, 35,4%, 37,3% e 35,7%, respectivamente para as mesmas faixas etárias e sexo. Para a ferritina sérica,15mg/dl. RESULTADOS: encontrou-se anemia em 12,4%, 7,5% e 19,3% dos escolares, respectivamente para os valores de hemoglobina, hematócrito e ferritina. A prevalência de anemia ferropriva foi igual a 19,3%, conforme o padrão ferritina. O teste da hemoglobina apresentou sensibilidade de 12,9% e especificidade de 87,7% no diagnóstico da anemia ferropriva, enquanto que o do hematócrito apresentou sensibilidade de 8,6% e especificidade de 92,8%. CONCLUSÕES: estes valores apontam para o problema do diagnóstico da anemia ferropriva, muitas vezes baseado apenas nos indicadores laboratoriais de baixo custo. É necessário readequar os procedimentos diagnósticos em uso, principalmente na rede básica de saúde.

ASSUNTO(S)

anemia ferropriva ferritina saúde escolar saúde pública epidemiologia

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