Anatomical study of the lumbar, sacral, and coccygeal plexuses in monkey (Cebus apella): origin, composition and resulting nerves / Estudo anatômico dos plexos lombar, sacral e coccígeo do macaco Cebus apella - origem, composição e nervos resultantes

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Os primatas não-humanos tem se constituído em importante grupo dentre os animais submetidos a estudos diversos, o que se reveste de suma importância até para o entendimento de sua própria evolução, somando-se ao fato de que o conhecimento pormenorizado de sua Anatomia pode representar fator importante para sua preservação e proteção. Por outro lado, dentro do sistema neural, mostra particular interesse o estudo comparativo da composição do plexo lombossacral, representativo da origem dos nervos que se destinam aos membros pélvicos, segmento anatômico este de considerável importância, relativamente aos aspectos evolutivos de postura e locomoção. O objetivo deste trabalho é conhecer a origem, a composição e os nervos resultantes dos plexos lombar, sacral e coccígeo do Cebus apella, visando um melhor entendimento da inervação da pelve e membro pélvico desse animal. A literatura ao nosso alcance não revelou citação alguma específica sobre o tema, para essa espécie. Utilizamos 20 animais, sendo 10 machos e 10 fêmeas, os quais compõem o acervo de peças anatômicas existentes no laboratório de Anatomia da Universidade Federal de Uberlândia, onde se encontram conservados. A preparação das peças anatômicas seguiu metodologia usual empregada em estudos anatômicos. Após análise cuidadosa das peças, verificou-se que o plexo lombossacrococcígeo do Cebus apella, está quase sempre separado em segmentos lombar, sacral e coccígeo. Há consideráveis variações entre espécimes e entre antímeros de um mesmo animal. Há participação na formação do plexo lombar, de raízes L2 a L5, com maior freqüência de L3 e L4, já o plexo sacral recebe contribuições de L4 a S4 e o plexo coccígeo de S3 a Co3. Em 75% dos casos, o plexo lombar direito está formado por L2, L3 e L4, em 55%, apenas por L3 e L4, em 20% por L2, L3, L4 e em 5%, L5 contribui, enquanto que no antímero esquerdo em 80% houve participação de L2, L3 e L4; sendo que, em 50% de L3 e L4, em 30% de L2, L3, L4 e L5 e em 15%, L5 está presente e em 5% apenas L2 e L3. O plexo sacral direito constitui-se de L4 a S4; em 30% de L4 a S2; em 25% de L4 a S3, em 25% de L5 a S2; em 10% de L5 a S3 e, 10% outras ocorrências. Já no antímero esquerdo 80% apresentou plexo formado por L4 a S3, sendo que destes, 35% recebeu contribuição de L4 a S2; 25% de L4 a S3; 15% de L5 a S2 e 5% de L5 a S4.O plexo coccígeo está constituído por ramos de S3 a Co3 sendo que em 65% o limite cranial é S3 e em 35% é S4. O número de anastomoses é variável em qualquer dos três plexos. O tronco simpático está presente e contêm cinco ou seis gânglios, cada um com o seu ramo comunicante cinzento. Os nervos oriundos do plexo lombar são: cutâneo femoral lateral, femoral, obturatório; do plexo sacral, o isquiático e pudendo e, do plexo coccígeo, o grande nervo da cauda.

ASSUNTO(S)

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