Anatomia foliar de espécies de Myrtaceae: contribuições à taxonomia e filogenia

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

Trabalhos taxonômicos e filogenéticos têm utilizado informações anatômicas e para contribuir com estes estudos examinaram-se cortes paradérmicos e transversais da porção mediana foliar de Campomanesia adamantium (Camb.) O. Berg, Myrcia cordiifolia DC., M. decrescens O. Berg e M. torta D.C. Os caracteres anatômicos foram comparados com os de outras espécies descritas na literatura. São características comuns às quatro espécies examinadas: epiderme uniestratificada, tricomas unicelulares, folhas hipoestomáticas, estômatos paracíticos, cavidades secretoras em ambas as faces, mesofilo dorsiventral e nervura mediana com feixes bicolaterais. Destacam-se os seguintes caracteres úteis para a taxonomia da família: formato das células comuns da epiderme, tricomas dibraquiados ou não, camadas celulares incolores subepidérmicas e formato da nervura mediana. O formato e número das células teto das glândulas foliares têm utilidade taxonômica. O exame de 144 exsicatas evidenciou que a glabrescência é um fenômeno comum. A queda dos tricomas pode ser devido à sua base estreita e à ausência de célula pedal nos mesmos. Analisaram-se os caracteres à luz de estudos filogenéticos recentes e do ponto de vista ecológico, destacando a hipótese relacionada às células epidérmicas com possível função de célula de transferência. As características anatômicas forneceram dados para análises comparativas mais amplas entre os táxons de Myrtaceae e possibilitaram a construção de um cladograma, onde espécies de Leptospermum e Eucalyptus ocuparam posição basal, em consonância com filogenias relatadas na literatura.

ASSUNTO(S)

célula de transferência célula teto evolução folha taxonomia

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