Anatomia floral, cultivo in vitro e criopreservaÃÃo de mamoneira

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A demanda por conhecimentos sobre a mamona ou palma-cristi no Brasil se intensificou nos Ãltimos anos, devido ao estÃmulo do governo para a produÃÃo de biocombustÃveis e pelas diversas aplicaÃÃes jà consolidadas do Ãleo de mamona na indÃstria quÃmica e farmacÃutica, atualmente gerando cerca de 700 subprodutos comerciais. Diante deste contexto, dimensionar e caracterizar a heterogeneidade de cultivares utilizadas no Brasil torna-se uma ferramenta estratÃgica para o paÃs. Este trabalho teve por objetivo estudar aspectos da reproduÃÃo sexuada, do cultivo de anteras, como ferramenta à obtenÃÃo de haplÃides, bem como analisar a tolerÃncia ao congelamento de grÃos de pÃlen, visando à caracterizaÃÃo e preservaÃÃo a mÃdio e longo prazo da espÃcie; e do cultivo in vitro de mamoneira (Ricinus communis L.). Na anÃlise ontogÃnica, a escala sugerida para o comprimento do botÃo floral masculino (eixo longitudinal) pode ser correlacionada com os estÃdios de meiÃcitos, micrÃsporos, tÃtrades e grÃos de pÃlen maduros, como parÃmetro indicativo para fases da gametogÃnese. As condiÃÃes mais adequadas para germinaÃÃo dos grÃos de pÃlen in vitro variam nas diferentes cultivares, sendo que as cultivares IAC-80 e BRS Nordestina apresentaram a maior viabilidade polÃnica, respectivamente, 70,5 e 69,25. A composiÃÃo quÃmica do pÃlen se caracteriza pela presenÃa de elevados teores de proteÃna (47,01%), resÃduo mineral, vitamina C, extrato etÃreo, e baixo conteÃdo de amido, podendo ser classificados como proteinÃceos. Anatomicamente, a antese do botÃo floral e deiscÃncia das anteras poderam ser observadas em botÃes florais com eixo londitudinal com diÃmetro superior a 6,0 mm. Para a calogÃnese in vitro a partir de anteras da cultivar BRS-Nordestina, o uso do Ãcido ascÃrbico (200 mg L-1) foi efetivo como antioxidante. A concentraÃÃo de 2,0 mg L-1 de 2,4-D adicionada ao meio MS proporcionou maior peso fresco (g) de calos. ANA, TDZ e Picloram induzeram a formaÃÃo de calos, entretanto, a maior matÃria fresca pode ser obtida com a utilizaÃÃo do Picloram (3,0 mg L-1). O uso de nitrato de prata e 2,4-D no meio de cultura foram eficientes na formaÃÃo de calos nÃo oxidados. MÃtodos de coloraÃÃo citotÃgica com o uso do carmim-acÃtico (98,0a) ou R. Alexander (97,7a), bem como a germinaÃÃo in vitro (58,0b) podem ser utilizados para a determinaÃÃo da viabilidade do pÃlen de mamona. Na criopreservaÃÃo a integridade do nÃcleo de grÃos de pÃlen submetidos a temperatura de -196ÂC foram maiores quando utilizou-se o crioprotetor glicerol (5% ou 15%) analisados apÃs 30 dias de congelamento. Na anÃlise citolÃgica a viabilidade celular do grÃo de pÃlen, permaneceu alta (superior a 50%) quando este à conservado por atà seis meses a -196ÂC e -80ÂC. Os resultados obtidos neste trabalho confirmam a possibilidade de criopreservaÃÃo como uma alternativa viÃvel para a conservaÃÃo de pÃlen de mamoneira. Na anÃlise da micropropagaÃÃo, verificou-se que a germinaÃÃo com o uso de GA3 nÃo foi efetivo, contudo, a concentraÃÃo completa de sais do MS (proporÃÃo de 0,8) e o ajuste do pH (5,8) foram satisfatÃrios (proporÃÃo de 1,0). BrotaÃÃes a partir de segmentos apicais em meio de cultura com a utilizaÃÃo de ANA na concentraÃÃo de 1,0 mg L-1 foi determinante para a formaÃÃo de plÃntulas nÃo hiperhÃdricas, assim como, no enraizamento, a adiÃÃo deste regulador (3,0 mg L-1) foi eficiente para a formaÃÃo de raÃzes in vitro, sendo que o mesmo tem efeito positivo sobre a formaÃÃo de folha promovendo maior produÃÃo de peso fresco e seco.

ASSUNTO(S)

fisiologia de plantas cultivadas micropropagaÃÃo, haplÃides, criopreservaÃÃo, ricinus communis.

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