Anatomia da artéria coronária direita: análises anatômicas e morfométricas

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: É necessário conhecer a grande variabilidade da artéria coronária direita (ACD), especialmente por suas implicações nos procedimentos cirúrgicos e eventos clínicos. Esta variabilidade está geralmente relacionada à extensão, à quantidade de ramos, à origem e aos territórios irrigados. OBJETIVO: Avaliar por exame direto a expressão morfológica da ACD em sujeitos colombianos. Métodos: As ACD foram medidas em 221 corações frescos pela canalização do óstio da ACD com uma resina de poliéster sintético que foi injetada em seus ramos. RESULTADOS: O calibre do segmento proximal da ACD e ao nível do ângulo agudo do coração foi de 3,42 ± 0,66 mm e 2,9 ± 0,50 mm, respectivamente. A ACD terminou entre a crux cordis e a margem esquerda em 75,6% da amostra. A artéria interventricular posterior (AIP) atingiu o terço inferior, o ápice ou o sulco interventricular anterior em 149 (67,4%) casos. A artéria do nó sinoatrial (ANS) surgiu da artéria coronária direita em 134 (60,6%) casos, 77 (34,9%) da artéria circunflexa (ACx) e de ambas em 10 (4,5%) amostras. A artéria diagonal posterior direita (ADPD) foi observada em 38 (17,2%) corações, mas apenas 6% da amostra com uma AIP longa, apresentaram a ADPD (P=0,001). Em corações com dominância direita, a ANS surgiu da ACD em 54,7% e da ACx em 46,3% dos casos (P=0,06). CONCLUSÕES: O calibre da ACD e seus ramos é menor do que o relatado na maioria de estudos anteriores, enquanto que a frequência da ADPD é ligeiramente superior ao relatado na literatura. Cenários clínicos e patológicos por estas variações devem ser levados em conta: procedimentos de hemodinâmica, cirurgia cardíaca e arritmias de doença coronária obstrutiva.

ASSUNTO(S)

vasos coronários circulação coronária nó atrioventricular nó sinoatrial

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