ANASTOMOSE PANCREÁTICA PELA TÉCNICA DE HEIDELBERG MODIFICADA

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

RESUMO Racional: Fístula pancreática é a principal causa de morbidade e mortalidade após duodenopancreatectomia. Muitos procedimentos técnicos têm sido descritos para prevenir esta complicação. Objetivo: Apresentar uma nova técnica baseada em pequenas modificações sobre a técnica original de Heidelberg para pancreatojejunostomia na reconstrução do coto pancreático após duodenopancreatectomia e apresentar os resultados iniciais. Método: Esta técnica foi utilizada para pacientes com pancreas de consistência firme ou amolecida e ducto pancreático maior ou menor que 3 mm. Os pontos são realizados com prolene 5-0, duas agulhas nas posições de 2, 4, 6, 8, 10 e 12 h, com espessura total no parênquima pancreático. Uma sutura continua é realizada com prolene 4-0 de agulha única na parede posterior e anterior do pâncreas com a camada seromuscular do jejuno. Uma sonda de silicone de 20 cm de comprimento é inserida no ducto pancreático em direção ao jejuno. As duas suturas hemostáticas previamente colocadas nas bordas superior e inferior do remanescente pancreático são passadas e amarradas com a camada seromuscular do jejuno. Resultados: Dezessete pacientes foram submetidos a pancreatojejunostomia após duodenopancreatectomia por diferentes causas. Nenhum desenvolveu fístula pancreática graus B ou C. Vazamento bioquímico, de acordo com a nova definição do Grupo Internacional de Estudo em Cirurgia do Pâncreas (ISGPS), foi observado em quatro pacientes (23,5%). Não houve mortalidade. Conclusão: Os resultados iniciais desta técnica confirmam que é simples, confiável, fácil de realizar e de aprender. Ela é útil para reduzir a incidência de fistula pancreática após duodenopancreatectomia.

ASSUNTO(S)

duodenopancreatectomia anastomose pancreática técnica cirúrgica

Documentos Relacionados