Analysis of the segmental variants on the TV broadcasters speech in four Brazilian cities. / Análise das variantes segmentais na fala de telejornalistas de quatro capitais brasileiras.
AUTOR(ES)
Gabriela Sóstenes Peter
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo descrever do ponto de vista perceptivo-auditivo as características segmentais (vogais e consoantes) da fala de telejornalistas de quatro capitais brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Maceió), em emissão espontânea e profissional. Este estudo foi realizado nas emissoras da Central Globo de Jornalismo de São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ e Recife-PE, e na afiliada da Rede Globo de Maceió- AL. A amostra foi composta por quatro telejornalistas de cada cidade pesquisada. Para avaliar a emissão espontânea, foi utilizada conversa sobre experiências pessoais provocando momentos de fala informal. Para a emissão profissional, foi solicitado que os repórteres lessem um texto padrão, simulando o estilo de narração do telejornalismo. O texto estruturado para ser lido em emissão profissional teve como objetivo cobrir os principais fenômenos como potencialmente diferenciadores dos diversos sotaques. Tais fenômenos podem ser assim sumarizados: a) as variações do /S/ e do /R/ pós-vocálico; b) comportamento das consoantes oclusivas alveolares /t/ e /d/ antes de /i/; c) os contrastes vocálicos /e/-// e /o/-//nas sílabas pretônicas; e, d) a nasalidade vocálica optativa. Para análise perceptivo-auditiva foi realizada a transcrição fonética de todo o material gravado, utilizando o IPA. Os resultados desta pesquisa, em emissão espontânea, podem dividir os falantes em dois grupos: Nordeste (Recife e Maceió) e Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro), caracterizando-os: o grupo do Nordeste pelo uso das variantes oclusivas alveolares -[t] e [d] diante de /i/, pela realização das vogais abertas em posição pretônica e pelo uso da nasalidade optativa em posição pretônica. O grupo do Sudeste, pelo uso das variantes palatalizadas -[t] e [d]diante de /i/, pela realização das vogais fechadas em posição pretônica e pelo uso da nasalidade optativa em posição tônica. Os repórteres e apresentadores das cidades do Rio de Janeiro, Recife e Maceió modificaram suas pronúncias de origem na fala profissional, já em emissão espontânea, houve um despoliciamento em manter o padrão telejornalístico. Os telejornalistas da cidade de São Paulo mantiveram em média as características segmentais da fala espontânea idênticas a da fala profissional.
ASSUNTO(S)
telejornalismo portuguese language - variation portuguese language brazil língua portuguesa brasil língua portuguesa variação tv broadcast linguistics linguistica regionalism regionalismo lingüística
ACESSO AO ARTIGO
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