Analysis of the segmental variants on the TV broadcasters speech in four Brazilian cities. / Análise das variantes segmentais na fala de telejornalistas de quatro capitais brasileiras.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo descrever do ponto de vista perceptivo-auditivo as características segmentais (vogais e consoantes) da fala de telejornalistas de quatro capitais brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Maceió), em emissão espontânea e profissional. Este estudo foi realizado nas emissoras da Central Globo de Jornalismo de São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ e Recife-PE, e na afiliada da Rede Globo de Maceió- AL. A amostra foi composta por quatro telejornalistas de cada cidade pesquisada. Para avaliar a emissão espontânea, foi utilizada conversa sobre experiências pessoais provocando momentos de fala informal. Para a emissão profissional, foi solicitado que os repórteres lessem um texto padrão, simulando o estilo de narração do telejornalismo. O texto estruturado para ser lido em emissão profissional teve como objetivo cobrir os principais fenômenos como potencialmente diferenciadores dos diversos sotaques. Tais fenômenos podem ser assim sumarizados: a) as variações do /S/ e do /R/ pós-vocálico; b) comportamento das consoantes oclusivas alveolares /t/ e /d/ antes de /i/; c) os contrastes vocálicos /e/-// e /o/-//nas sílabas pretônicas; e, d) a nasalidade vocálica optativa. Para análise perceptivo-auditiva foi realizada a transcrição fonética de todo o material gravado, utilizando o IPA. Os resultados desta pesquisa, em emissão espontânea, podem dividir os falantes em dois grupos: Nordeste (Recife e Maceió) e Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro), caracterizando-os: o grupo do Nordeste pelo uso das variantes oclusivas alveolares -[t] e [d] diante de /i/, pela realização das vogais abertas em posição pretônica e pelo uso da nasalidade optativa em posição pretônica. O grupo do Sudeste, pelo uso das variantes palatalizadas -[t] e [d]diante de /i/, pela realização das vogais fechadas em posição pretônica e pelo uso da nasalidade optativa em posição tônica. Os repórteres e apresentadores das cidades do Rio de Janeiro, Recife e Maceió modificaram suas pronúncias de origem na fala profissional, já em emissão espontânea, houve um despoliciamento em manter o padrão telejornalístico. Os telejornalistas da cidade de São Paulo mantiveram em média as características segmentais da fala espontânea idênticas a da fala profissional.

ASSUNTO(S)

telejornalismo portuguese language - variation portuguese language brazil língua portuguesa brasil língua portuguesa variação tv broadcast linguistics linguistica regionalism regionalismo lingüística

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