Analysis of manual function in Carpal Tunnel Syndrome / Análise da função manual na síndrome do túnel do carpo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este estudo investigou efeito da Síndrome do Túnel do Carpo (STC) na função manual. Foram analisados os parâmetros da força de preensão e suas associações com as características da STC, bem como o controle da força de preensão de indivíduos com STC em tarefas funcionais e o efeito causado pela fadiga e peso do objeto. Foram avaliadas 13 mulheres com STC (GE) e 13 sem STC (GC) com idade de 43,54 7,70 e 43,23 7,89 anos, respectivamente. O GE foi classificado quando à gravidade dos sintomas e estado funcional (Questionário de Boston para STC), o limiar de sensibilidade tátil e a destreza manual (Teste de Moberg). Foi realizado teste de força de preensão voluntária máxima em um dinamômetro. Os parâmetros da força de preensão analisados foram: força de preensão máxima (Fmax), tempo para atingir a força de preensão máxima (TFmax), taxa de desenvolvimento da força de preensão (TDF) e área sob a curva força-tempo (AFmax). Para análise do controle da força de preensão os indivíduos manipularam um objeto (instrumentado com sensor de força e acelerômetro triaxial) em duas tarefas funcionais: i) beber - levar o objeto até próximo à boca e ii) transição - realizar 11 levantamentos seqüenciais do objeto e reposicioná-lo sobre a mesa após 5 s, sendo que seu peso era aumentado nas repetições 6-8; foram comparadas as tentativas sem peso adicional do objeto (média 1-5, OBJP1) e o segundo levantamento com peso adicional (OBJP2). Os parâmetros analisados foram: pico da velocidade (Pvel), diferença temporal (DT), pico da força de preensão (PFP), média de força de preensão na aceleração (Fac) e desaceleração (Fdc) do movimento e margem de segurança (MS). Os indivíduos realizaram as tarefas funcionais antes de um protocolo de fadiga (FAD1) e com os músculos da preensão fadigados (FAD2). Os parâmetros da força de preensão foram diferentes entre grupos. GE mostrou menores valores de Fmax, TDF e AFmax e maior TFmax do que o GC. Foram encontradas associações moderadas e altas entre o TFmax e características do GE e moderada entre destreza manual e os parâmetros da força de preensão. Os parâmetros Pvel e DT não foram alterados pela STC, fadiga e peso do objeto. Antes do protocolo de fadiga, o GE aplicou maior PFP do que o GC (tarefa beber); ao levantar o objeto com peso adicional, ambos os grupos aumentaram o PFP e a MS (tarefa transição). Com os músculos fadigados, houve decréscimo da Fdc para GE (tarefa beber) e do PFP e da MS (tarefa transição) para ambos os grupos; o GE não mostrou diferença do PFP entre OBJP1 e OBJP2. A análise dos parâmetros da preensão apresentou-se útil para detectar prejuízo da função muscular na STC. Foi identificado que o TFmax pode ser o melhor parâmetro para indicar este comprometimento. Além disso, sugere-se que a sensibilidade é importante para evitar forças de preensão excessivas em tarefas funcionais e que a manipulação de objetos com músculos da preensão fadigados pode aumentar a probabilidade de deslizes acidentais, especialmente em indivíduos com STC.

ASSUNTO(S)

força de preensão voluntária máxima controle da força de preensão maximal voluntary grip force grip force control carpal tunnel syndrome síndrome do túnel do carpo educacao fisica

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