Análises histoquímica e morfométrica de lesões endometrióticas induzidas em ratas e tratadas com dexametasona

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-04

RESUMO

INTRODUÇÃO: A literatura relata que os implantes endometriais possuem receptores para hormônios esteroides, sendo estimulados principalmente pelo estrógeno, e que algumas estratégicas de tratamento têm sido propostas em modelos experimentais, tais como a utilização de glicocorticoides sintéticos, como a dexametasona. OBJETIVO: analisar histoquímica e morfometricamente lesões endometrióticas induzidas em ratas e tratadas com 0,8 mg/kg/dia de dexametasona. MATERIAL E MÉTODOS: Quarenta ratas albinas (linhagem Wistar) com 90 dias de vida, pesando aproximadamente 150 g, foram induzidas à endometriose e divididas em grupos: 1. ratas com endometriose e avaliadas após 34 dias (G1); 2. ratas com endometriose e avaliadas após 47 dias (G2); 3. ratas com endometriose e, após 21 dias do pós-operatório, tratadas com dexametasona por 13 dias (G3) e 4. ratas com endometriose e, após 21 dias do pós-operatório, tratadas com dexametasona por 13 dias e eutanasiadas após um período de 13 dias, contados a partir do término do tratamento com dexametasona (G4). Os fragmentos dos implantes endometriais foram fixados em Bouin, incluídos em paraplast e corados por hematoxilina-eosina e tricrômico de Mallory. As médias do número de glândulas foram submetidas ao teste não-paramétrico de Tukey-Kramer (p < 0,05). RESULTADOS: A dexametasona reduziu a inflamação nos implantes endometriais, o teor de colágeno no estroma e significativamente a área ocupada pelas glândulas (G1= 123,25 ± 6,44ª; G2= 113 ± 6,27ª; G3= 81,66 ± 3,05b; e G4= 94 ± 6,24b). CONCLUSÃO: A dexametasona, na dosagem utilizada, reduz os efeitos estrogênicos em implantes endometriais em ratas.

ASSUNTO(S)

histoquímica morfometria endometriose ratas wistar dexametasona

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