AnÃlises fÃsicas, quÃmicas e biolÃgicas no estudo do comportamento do aterro da Muribeca

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A disposiÃÃo do lixo em aterros à bastante comum e à a tÃcnica mais utilizada, devido a sua praticidade e baixo custo. Entretanto, os aterros sanitÃrios nÃo podem ser vistos como simples local de armazenamento de resÃduos. Aterros sÃo obras geotÃcnicas. Avaliar o seu comportamento quanto à sua eficiÃncia na degradaÃÃo, geraÃÃo de lÃquidos e de gases tÃxicos, torna-se necessÃrio para entender e aperfeiÃoar essa tÃcnica de disposiÃÃo e reaproveitamento de Ãreas. Entender o lixo depositado em aterros à estabelecer relaÃÃes fÃsicas, quÃmicas e biolÃgicas que acontecem durante o processo de degradaÃÃo dos resÃduos ao longo do tempo. Desta forma, à possÃvel otimizar os processos degradativos e operacionais, alÃm de estabelecer correlaÃÃes entre o ambiente interno e externo e a massa de lixo. Para a melhor compreensÃo do comportamento de resÃduos sÃlidos urbanos depositados em aterros, faz-se necessÃrio estabelecer inter-relaÃÃes entre a geotecnia ambiental, a quÃmica, a microbiologia e a biotecnologia, bem como entre as condiÃÃes climÃticas locais. Os estudos destas interaÃÃes sÃo ferramentas para a anÃlise do comportamento de aterros e seus fatores intervenientes. Estes estudos tÃm por objetivo a compreensÃo dos processos de degradaÃÃo dos resÃduos sÃlidos urbanos para avaliar as tecnologias de tratamento e as condiÃÃes que permitem a melhor eficiÃncia quanto à bioestabilizaÃÃo dos resÃduos no menor espaÃo de tempo e obter-se um melhor aproveitamento da Ãrea de destinaÃÃo final, menor impacto ao meio ambiente e à saÃde pÃblica. Para os estudos relacionados ao comportamento dos resÃduos ao longo do tempo foram realizadas ensaios de campo e de laboratÃrio e feitas anÃlises como: geraÃÃo de percolado e gases, parÃmetros fÃsico-quÃmicos do chorume, anÃlises microbiolÃgicas, testes de fitotoxicidade, recalques superficiais e em profundidade medidos no aterro, alÃm de outros parÃmetros dos resÃduos sÃlidos como umidade, sÃlidos volÃteis, pH e temperatura. Estes parÃmetros foram confrontados entre si, a fim de se estabelecer interaÃÃes fÃsicas, quÃmicas e biolÃgicas para entender o comportamento do aterro durante o seu processo evolutivo e sugerir tÃcnicas mais adequadas de disposiÃÃo dos resÃduos em aterros. Com os resultados obtidos pÃde-se verificar que, de maneira geral, as condiÃÃes climÃticas da RegiÃo Metropolitana do Recife favorecem o processo biodegradativo com o tempo, havendo uma degradaÃÃo dos resÃduos relativamente rÃpida. Contudo, em muitos casos, houve uma desestabilizaÃÃo do meio interno, prejudicando o processo biodegradativo dos resÃduos. A passagem de lÃquidos excessiva para o interior das CÃlulas, bem como a entrada extra de oxigÃnio atravÃs da camada de cobertura por caminhos preferencias; inversÃo do fluxo de gÃs, entre outros, sÃo responsÃveis pelo retardo no processo degradativo, impedindo principalmente a atividade das bactÃrias metanogÃnicas. Verificou-se tambÃm que, quando ocorreu grande nÃmero de microrganismos no interior da massa de lixo, havia grandes quantidades de matÃria orgÃnica, bem como maiores concentraÃÃes de gÃs metano e maiores recalques. No decorrer do perÃodo de monitoramento ocorreu uma diminuiÃÃo do nÃmero de microrganismos, acompanhado de menores valores de DBO, DQO e sÃlidos volÃteis, assim como concentraÃÃo de gÃs e menores magnitudes e velocidades de recalques. Um aspecto relevante que à destacado neste trabalho à a necessidade de adotar-se uma sistemÃtica de monitoramento para o controle dos parÃmetros e entendimento do comportamento do aterro. AlÃm do mais essa prÃtica à essencial para estabelecerem-se inter-relaÃÃes que se consolidam durante o processo degradativo dos resÃduos

ASSUNTO(S)

aterros de rsu engenharia civil resÃduos sÃlidos urbanos biodegradaÃÃo geotecnia ambiental

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