Análise retrospectiva dos resultados dos tratamentos ortodônticos e sua relação com a estabilidade pós-contenção
AUTOR(ES)
Freitas, Karina Maria Salvatore de, Freitas, Marcos Roberto de, Janson, Guilherme, Pinzan, Arnaldo, Henriques, José Fernando Castanha
FONTE
Journal of Applied Oral Science
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-10
RESUMO
OBJETIVO: O presente estudo objetivou analisar retrospectivamente casos com má oclusão de Classe I tratados com extrações dos quatro primeiros pré-molares, visando estabelecer a relação da qualidade dos resultados dos tratamentos ortodônticos e a estabilidade em longo prazo. MATERIAL E MÉTODOS: A amostra consistiu de 94 pacientes de ambos os gêneros, apresentando má oclusão de Classe I, tratados com extrações dos quatro primeiros pré-molares e mecânica Edgewise. Todos os pacientes selecionados eram leucodermas, sendo 50 do gênero masculino e 44 do feminino. A idade inicial média foi de 13.46 anos (d.p. 1.8). O tempo de tratamento médio foi 2.09 anos (d.p. 0.58), o tempo médio de contenção foi 1.63 anos (d.p. 0.73) e o tempo médio de avaliação pós-contenção, 5.31 anos (d.p.1.61). Foram medidos, nos modelos de estudo, o índice PAR e o índice de irregularidade de Little, nas fases pré (T1), pós-tratamento (T2) e pós-contenção (T3), e calculou-se a quantidade de correção com o tratamento (T1-2) e de alteração no período pós-contenção (T3-2). Realizou-se a estatística descritiva e o coeficiente de correlação de Pearson foi aplicado entre os índices estudados e os tempos avaliados. RESULTADOS: A média de redução do índice PAR da amostra total com o tratamento foi de 78.54%, e na fase pós-contenção, de 66.6%, com relação ao inicial. Houve correlação significante para o índice PAR nos tempos estudados, exceto entre T1 e T2 e entre T1-2 e T3. Ou seja, quanto maior a correção do tratamento (T1-2), menor será o índice PAR final (PAR T2), e maior a alteração no período pós-contenção (PAR T3-2). E quanto maior o índice PAR pós-tratamento (PAR T2), maior o índice PAR pós-contenção (PAR T3). CONCLUSÃO: Concluiu-se que a qualidade dos resultados dos tratamentos ortodônticos não está relacionada à estabilidade oclusal em longo prazo.
ASSUNTO(S)
resultado de tratamento recidiva ortodontia
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