Análise retrospectiva de série de casos com lesões traumáticas da junção craniocervical

AUTOR(ES)
FONTE

Einstein (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Objetivo Avaliar a correlação entre o tratamento, as características das lesões e o resultado clínico em pacientes com lesões traumáticas na junção craniocervical. Métodos Estudo retrospectivo de pacientes maiores de 18 anos tratados de forma conservadora ou cirúrgica, entre 2010 e 2013. Resultados Foram analisados 37 pacientes, 73% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 41,7 anos. Inicialmente 32% dos pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico, e 68% foram submetidos a tratamento conservador. Sete pacientes (29%) do grupo conservador foram submetidos posteriormente à cirurgia. No grupo cirúrgico, houve sete casos de fratura de odontóide tipo II, dois casos de fratura de elementos posteriores do áxis, um caso de luxação C1-C2, um caso de deslocamento occipito-cervical e um caso de fraturas de C1 e C2 e luxação facetária. Um paciente apresentava déficit neurológico, melhorando após o tratamento. Houve duas complicações pós-cirúrgicas, uma fístula liquórica e uma infecção de ferida operatória (reabordada). No grupo conservador, predominaram as fraturas do odontóide (oito) e dos elementos posteriores de C2 (cinco). Em dois casos, havia também fraturas em outros segmentos da coluna. Nenhum dos pacientes deste grupo apresentou deterioração neurológica. Conclusão As lesões da junção craniocervical são raras, sendo mais frequentes as fraturas do odontóide e dos elementos posteriores do áxis. Nossos resultados recomendam o tratamento cirúrgico precoce para os pacientes com fraturas do odontóide tipo II e lesões ligamentares, e tratamento conservador para os demais pacientes.

ASSUNTO(S)

vértebras cervicais/lesões ferimentos e lesões/classificação ferimentos e lesões/cirurgia ferimentos e lesões/terapia

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